Cultura

Parque Histórico Castro Alves celebra aniversário de patrono com exposições

Os 175 anos de nascimento do poeta Castro Alves serão comemorados com duas exposições, montadas em locais que fizeram parte da vida dele. Em Cabaceiras do Paraguaçu, o Parque Histórico Castro Alves, instalado na fazenda onde ele nasceu, recebe a exposição ‘Eterna Primavera’ a partir de 14 de março, dia do aniversário do poeta. Em Salvador, a Casa de Castro Alves, sua moradia quando tinha 8 anos, abriga a exposição itinerante ‘Na Trilha do Poeta’ entre 4 e 11 de março.

As ações são uma realização do Parque Histórico Castro Alves, espaço vinculado à Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia. A entrada é gratuita e condicionada à apresentação do comprovante de vacinação e ao uso da máscara.

‘Na Trilha do Poeta’ apresenta a vida e a obra de Castro Alves por meio de fotos, ilustrações, informações e trechos de poemas. Os painéis são divididos por temáticas. São abordados sua origem, a família, os primeiros versos, os amores, a presença da natureza em sua obra, seu ímpeto revolucionário, o amor pela pátria e a repercussão dos seus versos entre personalidades. Traz à tona também outra faceta do poeta através de reproduções de alguns de seus desenhos. Conta ainda com um espaço para as homenagens dos visitantes, que também podem conhecer um pouco mais do trabalho desenvolvido no Parque. Fica em cartaz na Rua do Passo, 52, nos dias 4, 5, 8, 9, 10 e 11 de março, das 13h às 17h.

Já ‘Eterna Primavera’ é uma homenagem da artista Yasmine D’Oliva a Castro Alves. Inspirada na delicadeza e romantismo que também habitam a poesia dele, a artista soteropolitana e autodidata criou peças que misturam pintura (aquarela e acrílico) e bordado. São 21 obras (2 telas, 5 folhas secas bordadas e 14 aquarelas com técnicas mistas) que retratam alguns poemas, a exemplo de ‘A Duas Flores’, ‘Quando eu morrer’, ‘A canção do africano’ e ‘O Navio Negreiro’. A visitação acontece de terça a sexta, das 10h às 16h, e aos sábados, das 9h às 13h.

No dia 14 de março, também será promovido no Parque o Projeto Sopa de Letras, com a narração de duas histórias: às 10h40, ‘O Pequeno Príncipe Negro’, de Rodrigo França, e às 14 horas, ‘O amigo do rei’, de Ruth Rocha. Tradicionalmente, o Parque promove o Festival de Declamação de Poemas de Castro Alves. Por conta da pandemia, a atividade não será promovida. “Ao fazer circular a exposição que apresenta a vida do poeta e expor as criações de uma jovem artista que se inspira nele estamos cumprindo a missão do Parque, que é manter viva a obra de Castro Alves para que as novas gerações conheçam seus escritos e compreendam sua obra”, explica a coordenadora do Parque Histórico Castro Alves, Diogenisa Oliva.

Parque Histórico Castro Alves

Situado na Fazenda Cabaceiras, onde nasceu Castro Alves, o Parque Histórico Castro Alves foi inaugurado em março de 1971, por ocasião do primeiro centenário da morte do poeta baiano. É o lugar ideal para o público conhecer, pesquisar e mergulhar no universo do porta-voz literário da Abolição da Escravatura no Brasil. Seu acervo conta com objetos que pertenceram a Castro Alves e seus familiares. É formado por fotografias, cartões-postais, manuscritos, livros, indumentárias, adornos pessoais, utensílios domésticos e artes visuais. O Parque desenvolve suas ações em estreita parceria com a comunidade de Cabaceiras do Paraguaçu.

Castro Alves

Antônio Frederico de Castro Alves nasceu na Bahia, em 14 de março de 1847. O poeta pertenceu à Terceira Geração da Poesia Romântica (Social ou Condoreira), caracterizada pelos ideais abolicionistas e republicanos. ‘Espumas Flutuantes’, ‘Gonzaga ou A Revolução de Minas’, ‘Cachoeira de Paulo Afonso’, ‘Vozes D’África’ e ‘O Navio Negreiro’ são algumas das obras do trovador baiano. Em 1862, ingressou na Faculdade de Direito de Recife, após ter feito o curso primário no Ginásio Baiano. Em 11 de novembro de 1868, caçando nos arredores de São Paulo, feriu o calcanhar esquerdo com um tiro de espingarda, resultando-lhe na amputação do pé, agravando a tuberculose, obrigando-o a voltar à Bahia, onde morreu, em 1871.

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