Economia

Mineração baiana gera novos empregos e renda

O crescimento da geração de empregos foi um dos destaques da mineração baiana no último ano. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, a atividade mineral registrou um saldo positivo (quantidade de contratações menos a quantidade de demissões) de mais 100%, isso comparado ao mesmo período do ano anterior.

De março de 2021 a fevereiro de 2022, a atividade criou 1.414 empregos diretos. No total, o setor mineral é responsável por 16.461 mil empregos diretos em todo o estado. Além destes, as vagas diretas abertas nas mineradoras geram empregos indiretos da ordem de 1 para 11 ao longo das cadeias produtivas, conforme o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), ou seja, a geração de mais de 181 mil postos de trabalho.

Os municípios baianos que geraram mais empregos, a cada mil habitantes, no período analisado foram: Piatã, Barrocas, Jaguarari, Paramirim e Santaluz, respectivamente. No entanto, considerando os valores absolutos, a liderança ficou com o município de Jaguarari, que criou mais 224 postos de trabalho, seguido por Piatã (156), Barrocas (119), Santaluz (114) e Paramirim (91).

O município de Jaguarari além de ter liderado o saldo positivo absoluto de geração de empregos na mineração é também um dos maiores arrecadadores de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) do estado, e ficou na quarta colocação no ano de 2021. A cidade é uma das maiores produtoras de cobre do estado, área de atuação da Ero Brasil, antiga Mineração Caraíba. A localidade ainda produz outras substâncias, em menor proporção, a exemplo do quartzito, quartzo e granito.

Outro município de destaque é Santaluz. É lá que está instalada a Equinox Gold, responsável pela produção de ouro da localidade. A empresa, que opera em mina de propriedade da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), para este ano, estima uma produção de mais de duas toneladas de ouro, levando em consideração que se trata de um ano parcial de produção. A expectativa é que o projeto Santaluz produza anualmente 100 mil onças, o que equivale a aproximadamente três toneladas de ouro.

Para o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, os dados comprovam que a evolução da mineração baiana, não é apenas no quantitativo da produção, como também na geração de emprego e renda. “Isso mostra a força e a representatividade que a mineração vem conquistando nos últimos anos. O setor mineral promove uma forte dinamização da economia na região onde se insere, pois, demanda toda uma cadeia produtiva de suprimentos e insumos. A mineração, muitas vezes, está localizada em cidades onde representa a principal atividade econômica da região”, afirma Tramm.

Média Salarial

Além de registrar saldo positivo nas contratações, a média de salário dos trabalhadores da mineração vem se destacando ao longo dos anos. Tendo como base os salários pagos às pessoas admitidas no período analisado, o setor computou a quinta maior média salarial, sendo superior a atividades como a agropecuária e o comércio. A mineração registrou uma média salarial de R$ 2.492,51, enquanto o valor médio pago para o agronegócio e para o comércio não foi superior a R$ 1.400,00.

Dentre as classes, da própria atividade mineral, que mais se destacaram no estado está a extração de minerais para fabricação de adubos, fertilizantes e outros produtos químicos, com média salarial, dos últimos contratados, de R$ 6.356,66, seguido da extração de minério de ferro, com média salarial R$ 4.588,04 e da extração de gemas (pedras preciosas e semipreciosas), com salário médio de R$ 3.002,16.

Ainda conforme dados do Caged, nos municípios que lideraram a geração de novos empregos, a média do salário pago aos admitidos no período analisado, foi superior a de outras atividades em cinco dos seis municípios. Mais uma vez com destaque para Santaluz, onde a atividade pagou mais que o dobro do salário pago no segmento do comércio, por exemplo.

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