Economia

Governo distribui mais 100 mil máscaras produzidas por costureiras que estavam sem renda

Mais 100 mil máscaras de proteção foram entregues nesta sexta-feira (12), pela Secretaria do Trabalho Emprego Renda e Esportes, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, para entidades de Salvador e Lauro de Freitas. As 100 mil máscaras, que ajudam na prevenção da Covid-19, foram confeccionadas por meio do programa “Trabalhando em Rede no Combate ao Coronavírus”, por costureiras das instituições Central da Cidadania e Cidadania e Vida.
 
As máscaras fazem parte de um lote de 400 mil unidades, reutilizáveis, de tecido, que estão sendo entregues para prefeituras e instituições sociais de municípios das regiões sul, sudoeste e norte da Bahia, além da Região Metropolitana de Salvador (RMS). Com um investimento de R$ 3,6 milhões do Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), a iniciativa prevê a produção de 2 milhões de máscaras.
 
Segundo o secretário da Setre, Davidson Magalhães, o programa faz parte do esforço do governador Rui Costa para entregar as máscaras em toda a Bahia. “São 600 costureiras e costureiros envolvidos neste trabalho de produção, então estamos gerando emprego e renda neste período de recessão econômica gravíssima, por causa da pandemia. Para a entrega, estamos priorizando prefeituras no interior, nas áreas mais atingidas, movimentos sociais e também segmentos que estão em vulnerabilidade e que não têm recursos para comprar as máscaras. São catadores, taxistas, e também para setores dos bairros populares de Salvador”.
 
A procuradora do Ministério Púbico do Trabalho, Adriana Campelo, a parceria com a Setre já vem de longas datas, por meio do Fundo Estadual de Promoção do Trabalho Decente. “Nós ficamos muito preocupados com as consequências da pandemia, tanto na questão da saúde como das condições de trabalho e renda. Então, tivemos essa ideia de elaborar um projeto que atendesse a essas duas vertentes, promoção da saúde da população mais vulnerável e também geração de renda”.
 
Coordenadora da Comunidade Cidadania e Vida, que produziu parte das máscaras, Elaine Rangel informa que a iniciativa proporcionou renda para 120 costureiras. “Durante dois meses essas trabalhadoras dos municípios de Senhor do Bonfim e Juazeiro vão receber uma bolsa de R$ 1.045,00. Em cada município foram contratadas 60 costureiras para o projeto. A gente deu prioridade às pessoas que estão sem renda por causa do coronavírus, algumas trabalham no comércio, outras são domésticas, e também tem as que já costuravam, mas de maneira informal”.
 
Uma das entidades beneficiadas nesta sexta-feira foi a Associação Metropolitana dos Taxistas. O presidente da associação, Valdeílson Miguel dos Santos afirmou que as máscaras vão ser distribuídas para quem trabalha em Salvador e na Região Metropolitana. “O nosso trabalho nos deixa muito vulneráveis, nós pegamos muitos passageiros, muitas pessoas, e essas máscaras são úteis para proteger não apenas o taxista, mas também o passageiro que usa o transporte de táxi”.
 
Produção
 
A produção acontece em quatro polos distribuídos no território baiano, sob a coordenação de Organizações da Sociedade Civil (OSC) responsáveis pela contratação de profissionais, pagamento da bolsa-produção, aquisição de insumos e acompanhamento de todas as etapas da atividade. No Litoral Sul, o trabalho é executado pela Associação Beneficente Josué de Castro; na RMS, pela Associação Central de Cidadania; no Piemonte Norte do Itapicuru e no Sertão do São Francisco, pela Comunidade Cidadania e Vida; e no Sudoeste, pelo Instituto Integrado e Formação Casa da Cidadania.
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