Política

Audiência pública celebra os 80 anos de exploração de petróleo no Brasil

Os 80 anos da exploração de petróleo no Brasil foram celebrados em audiência pública na Assembleia Legislativa. A atividade foi realizada pela Comissão Especial de Promoção da Igualdade, com a proposta do deputado Hilton Coelho (Psol) e a presença de representantes da categoria petroleira que fizeram um histórico da indústria na Bahia e a atual situação da Petrobras no Brasil.
 
“Com orgulho a Bahia viu no dia 14 de dezembro de 1941 o sonho da soberania nacional do nosso país acontecer a partir da comercialização do petróleo com as atividades do Poço Candeias 1. Na contramão da história, presenciamos hoje a gestão da Petrobras no governo de Jair Bolsonaro privatizar a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), a primeira unidade de refino adquirida pela estatal”, disse o deputado. Segundo o parlamentar, todas as pessoas interessadas na construção de um Brasil livre e autônomo, precisa defender a Petrobras. “Como morador do Subúrbio Ferroviário, lembro que o primeiro poço de petróleo do Brasil foi descoberto em Lobato. Precisamos mais do que nunca de unidade na luta em defesa de um Brasil independente, livre do autoritarismo e do entreguismo”, completou.
 
A audiência atendeu a solicitação do Forum Baiano em Defesa da Petrobras, que é composto pelas entidades representativas da categoria petroleira: Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), Associação dos Engenheiros da Petrobras, núcleo-Bahia (Aepet-BA), Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas da Petrobras na Bahia (Astape-BA) e a Associação Brasileira dos Anistiados Políticos do Sistema Petrobras.
 
Radiovaldo Costa, diretor de comunicação do Sindipetro-Bahia, celebrou a data e a categoria petroleira que lutou para construir a indústria na Bahia e lamentou a atual situação da Petrobras. Segundo Radiovaldo, a empresa está sendo desmontada e o povo brasileiro está sendo punido com os altos valores nos derivados de petróleo, como na gasolina e no gás de cozinha.
 
O petroleiro destacou que a Bahia era o único estado do Brasil que detinha toda a cadeia do petróleo gerida pela Petrobras – “do poço ao posto”. “Com a venda da RLAM, estamos correndo o risco de não ver reduzir os valores dos derivados de petróleo”. Radiovaldo sugeriu a instalação de uma comissão na Assembleia Legislativa para verificar o que o estado está perdendo com a privatização da refinaria e dos campos terrestres.
 
Deyvid Bacelar, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), lamentou a venda da RLAM e elencou as diversas ações que estão sendo julgadas pelo Judiciário pra impedir que a refinaria seja entregue ao capital internacional. O sindicalista endossou a fala de Radiovaldo e acredita que a ALBA precise investigar as perdas consecutivas que a Bahia está sofrendo com “os ataques de Bolsonaro a Petrobras”.
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