Economia

Com mel que pode custar R$ 300,produzido em armário de apartamento na BA: ‘Reprodução fácil’

Criar abelhas em casa, no quintal, no apartamento. Sim, isso já é uma realidade em Salvador e em outras cidades baianas, como Mata de São João e São Gonçalo dos Campos. Mas não é uma abelha comum. Chamada de “abelha social” ou do bem, ela tem o ferrão atrofiado e não oferece riscos ao ser humano. Além disso, é nativa do Brasil.

A mais comum das abelhas deste tipo, apelidadas de sem ferrão, é a uruçu. O mel produzido por ela tem encantado os produtores (meliponicultores), consumidores e chefs de cozinha. Na Bahia, o litro chega a custar R$ 300, dez vezes mais do que o mel comum, que pode ser encontrado a preços entre R$ 30 e R$ 50 (o litro).

O motivo? Elas estão na lista de animais em risco de extinção na natureza. Portanto, são raras, o que torna o que é produzido por elas bem valorizado. Com 28% de água na composição, 10% a mais do que o comum, o mel produzido pela abelha sem ferrão é mais fluido, mais claro e tem uma leve acidez.

A Lei 21.619, aprovada no fim do ano passado, regulamenta a criação das abelhas sem ferrão na área urbana. O texto também define regras para a inclusão do mel delas dentro dos parâmetros de comercialização.

Entre as vantagens de se criar as abelhas sem ferrão está o baixo custo, a preservação da fauna e flora, a fácil multiplicação dos enxames e a valorização do mel no mercado, além de ser considerada atividade de lazer.

Para começar, é fundamental o conhecimento das espécies e do manejo das colmeias. Em Salvador, há cursos oferecidos no Meliponário da Ufba, em Ondina, na Cooperativa dos Criadores de Abelhas do Brasil (Coopcab), no bairro de Nova Esperança, e no Meliponário Urbano Honey Nativos, que fica no Garcia. Na Ufba e na Coopcab, o valor da inscrição é R$ 100. No Garcia, o custo é de R$ 250.

Na Coopcab as informações podem ser obtidas pelo e-mail coopcab2019@gmail.com, ou pelo whatsApp 71 98223-6515. Na Ufba, vai ser oferecido um curso no dia 26 de outubro (sábado). As informações podem ser obtidas pelos e-mails canrezende@hotmail.com e guidocastagnino@ufba.br. No Honey Nativos, as informações podem ser buscadas por meio do Instagram do meliponário 

Fonte: G1 Bahia 

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