Política

Transferência de tecnologia da produção de vinhos portugueses para a Bahia foi discutida com vinícolas do Alentejo e Algarve

A transferência para a Bahia de tecnologia empregada por vinícolas portuguesas na produção de vinho foi discutida, nesta sexta-feira (22), durante visita da comitiva do Governo do Estado, liderada pelo vice-governador João Leão, às vinícolas Herdade da Figueirinha, em Beja, região do Alentejo, e Arvad Wine, na região de Algarve. Já são 12 agendas oficiais desde a chegada da comitiva, no início da semana. O fortalecimento do intercâmbio comercial Bahia-Portugal é um dos principais objetivos da missão internacional que segue até o próximo dia 31 e, que além de Portugal, passará também pela França. Em ambas ocasiões foram apresentadas as oportunidades de negócios no estado da Bahia para potenciais investidores portugueses.

Segundo João Leão, o modelo das vinícolas portuguesas pode ser adaptado à realidade da Bahia, com possibilidade de elevar o segmento a um nível ainda mais alto se associado ao reconhecido potencial turístico do estado. “Hoje nós tivemos oportunidade de conhecer de perto mais duas vinícolas portuguesas que realmente nos encantaram com a excelência com que produzem seus vinhos e azeites utilizando tecnologia de ponta que permite o aumento da produção sem perder a qualidade do produto produzido em pequena escala. É muito inspiradora a forma como eles conciliam a produção do vinho, do azeite e o turismo, aproveitando todo o potencial que o negócio oferece, algo que podemos fazer na Bahia com o enorme potencial que temos”, explica.

“As vinícolas portuguesas têm experiências de sucesso, no modelo que reúne o cultivo da uva, a produção do vinho e o turismo. Nossa intenção é atrair esse modelo para potencializar a vitivinicultura na Bahia, que se consolidou na região do rio São Francisco e na Chapada Diamantina, com o objetivo de incrementar a atividade turística em nosso estado”, pontua o secretário estadual do Turismo, Maurício Bacelar.

A vinícola Herdade da Figueirinha possui 300 hectares plantados de oliveiras, amêndoas e uvas. A produção de azeite está entre 250 e 300 mil garrafas por ano, com a utilização de uma máquina para colheita mecânica das azeitonas. A produção de vinho da empresa, que recebe 18 mil turistas por ano, varia entre 700 e 800 mil garrafas.

“Aqui na região do Alentejo a construção da barragem de Alqueva permitiu a irrigação de aproximadamente 150 mil hectares de plantios de oliveiras, videiras, amendoeiras, entre outros cultivos irrigados. Utilizam tecnologia de ponta, fazem uma gestão agroindustrial e comercial primorosa. Precisamos levar esse Know How para a Bahia, já que as condições de solo e clima são muito semelhantes às diversas regiões do nosso estado”, ressalta o deputado Eduardo Salles, presidente da Frente Parlamentar do Setor Produtivo, da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Algarve

A propriedade da Arvad Wine tem 50 hectares, dos quais 9 ha de vinhedos. A produção anual de vinho está em torno de 40 mil garrafas. A possibilidade de visitação à vinícola e adega foi aberta recentemente com a opção de passeio enoturístico de barco pelo Rio Arrade.

Ainda nesta sexta-feira (22), a possibilidade de parcerias comerciais entre investidores do Algarve e a Bahia foi discutida em reunião entre os representantes do Governo do Estado e o Cônsul honorário do Brasil na região, Reinaldo Teixeira.

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