Saúde

ITAPETINGA: ATÉ ONDE VAI O DESCASO?

Confesso que não presenciei um estado tão crítico na saúde pública do município como estou vendo agora. A insatisfação por parte dos usuários é generalizada, salvo alguns que tem tratamento diferenciado, por serem ligados a figuras que circulam nos bastidores do poder público municipal.

Essa mesma facilidade passa bem longe da realidade da grande maioria dos munícipes, que tem passado por verdadeiras humilhações ao precisar utilizar um serviço que ao contrário do que muitos pensam não tem nada de gratuito.

Todo brasileiro paga impostos e a carga tributária praticada neste país, deveria garantir como contrapartida a arrecadação, um sistema de saúde muito melhor do que a que é oferecida. Não estou falando do modelo ideológico do SUS, porque ele em si é muito bem desenvolvido, tanto que é referência para muitos países emergentes.

Porém na pratica, no cotidiano dos usuários, a excelência do programa passa longe do que diz a cartilha. Em Itapetinga isso tem sido ainda mais agravado pela incompetência e ausência total de sensibilidade por parte da gestão pública.

Uma gestão encabeçada por um Prefeito que em seus palanques eleitorais dizia a seguinte frase: ” O povo precisa de carinho, precisa de cuidado e nós daremos esse carinho e esse cuidado”.

A frase do Prefeito trazia a esperança de que dias melhores viriam, porém o discurso foi colocado em uma gaveta que foi trancada com uma chave que parece ter sido jogada no lixo.

Sim! No lixo! No mesmo lixo que tem um contrato de coleta que ultrapassa os 4 milhões de reais, que diga-se de passagem é mais do que o dobro do contrato feito na gestão do ex-Prefeito José Carlos Moura.

O mal tratamento dado aos pacientes do programa TFD

Não vou me aprofundar em outros descasos da gestão, ligados ao setor de saúde neste momento, como por exemplo: Falta de medicamentos, escala de profissionais, filas para agendamento de exames e procedimentos, entre outros fatores negativos na saúde pública municipal.

Vou me aprofundar em comentar o descaso e o tratamento desumano dispensado aos pacientes que estão inseridos no programa de TFD (Tratamento Fora de Domicílio).

Tem sido constante as queixas dos pacientes que necessitam de deslocamento para realizar procedimentos médicos em outros municípios baianos, hora relativo aos agendamentos, hora no transporte, hora na liberação de processos oriundo do tratamento de pacientes e por aí vai.

No capítulo mais recente, mais uma vez um ônibus da empresa contrata pela prefeitura para deslocar os pacientes quebrou em Itabuna e chegou quase arrastado em Salvador, segundo denúncias dos usuários.

Em tratamento, ainda no fim do dia, pacientes foram largados nos hospitais, sem nenhuma garantia de retorno para a pousada com a qual a Prefeitura também possui contrato para os pacientes pernoitarem até a conclusão dos tratamentos.

Esse fato foi comentado no grupo de whatsapp que tem o nome deste blog, o assunto tomou repercussão e só após isso é que providências foram tomadas. Antes disso acontecer foi uma verdadeira palhaçada.

Queriam que os pacientes pegassem um Uber com dinheiro deles para voltarem a pousada com uma suposta garantia de que posteriormente seriam reembolsados pela Secretaria de Saúde.

Ocorre que a maioria não dispunha de recurso para fazer o que foi proposto e com isso iriam ser deixados para passarem a noite nos hospitais em que estavam.

Como dito anteriormente, após a repercussão de que os pacientes seriam deixados nos hospitais, sem alimentação, sem banho, e sem uma cama para dormirem é que foram disponibilizados táxis para os buscarem e os levarem para a pousada.

Na manhã seguinte, ainda sem transporte para o retorno à Itapetinga, somente  próximo às 11 da manhã que o problema foi solucionado, isto porque uma alma generosa dentro da Secretária de Saúde peitou todo mundo e após isso um ônibus da empresa Águia Branca foi fretado para trazer os pacientes de volta para Itapetinga.

Vale salientar que não faz muito tempo algo semelhante aconteceu. Será que vai ter que acontecer algo grave como a perda de vidas para que a responsabilidade venha pautar as ações da Prefeitura em garantir e exigir que os ônibus para transportarem os passageiros seja um dos melhores e não o contrário?

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