Privatizaram a Prefeitura?
Como descrito na manchete, foram essas as palavras de um Guarda Municipal, ao Presidente do Sinditatiba, Valdeilson Pereira (Val). O fato ocorreu ontem, um pouco antes do horário do almoço. Isso porque o Presidente do Sinditatiba, que é representante legal dos servidores públicos, foi até a Prefeitura, para obter informações sobre a recarga do cartão alimentação dos servidores efetivos do Município, ao chegar na porta da Prefeitura foi surpreendido, com uma ordem que o Guarda Municipal havia recebido.
A Prefeitura é uma repartição pública e a entrada de um cidadão, não pode ser barrada sem uma razão muito forte, que justifique a aplicação desta ação.
Porém, no caso do Presidente que representa os servidores públicos municipais, isso é uma falta de compostura e respeito, para com o representante, assim como com toda a classe trabalhadora.
Se a administração do Prefeito Rodrigo Hagge, não deseja a presença do Presidente do Sindicato, que cumpra dentro do prazo, os compromissos referentes as remunerações e benefícios dos servidores.
Ontem, dia 22 de dezembro, o atraso na recarga completou 8 dias de atraso, muitos servidores ganham somente um salário mínimo e pra esses, a complementação via cartão alimentação é fundamental para manutenção de suas famílias.
O absurdo cometido ontem, foi contra toda uma categoria. Como o Bahia Popular é imparcial nas informações e notícias publicadas, faremos a justiça de relatar, que de acordo as palavras do próprio Presidente, Val, ao que tudo indica a ordem para barrar sua entrada, não teria vindo do Prefeito Rodrigo Hagge e sim de algum dos seus subordinados.
Obviamente que diante do constrangimento imposto na porta da Prefeitura, Val, se revoltou com o tratamento dispensado a ele, diante do comportamento deplorável advindo de alguém que mostra total despreparo e desconhecimento do significado da palavra repartição pública.
Ao menos três aspectos fazem desse episódio algo lamentável e quase imperdoável.
1 – Valdeilson Pereira é um cidadão itapetinguense, além de contribuinte.
2 – É servidor público concursado pelo Município.
3 – Preside o Sindicato que representa a categoria e sua ida ao prédio administrativo, tinha caráter representativo de classe, diante de suas atribuições dentro da entidade.
Episódios como esse, devem ser repudiados. Quanto ao Prefeito, mesmo que a ordem não tenha vindo dele, é seu dever na qualidade chefe do executivo, de forma oficial, se pronunciar quanto ao ocorrido e buscar uma reparação mínima apresentando um pedido formal de desculpas.
