Itabuna: Cresce eleitorado com ensino superior, mas de analfabetos também; veja raio-x
Dos 154.369 eleitores do município de Itabuna, no sul da Bahia, 10,92% possui ensino superior completo, conforme apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) . O número representa um crescimento considerável se comparado à última eleição municipal, em 2016, quando 3,68% dos 150.221 aptos a votar na cidade tinham esse nível de escolaridade.
Por outro lado, diferente de Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista, os três maiores municípos do estado, o número, e a proporção, de analfabetos no eleitorado de Itabuna cresceu em 2020. São 8.211 pessoas analfabetas (5,32%) aptas a votar na cidade neste ano, frente 7.539 (5,02%) no último pleito para prefeito e vereadores.
No entanto, são os eleitores com ensino médio completo que representam a parcela mais significativa do eleitorado itabunense, com 28,23%, seguidos por pessoas com ensino fundamental incompleto (24,73%), médio incompleto (13,71%), os que apenas leem e escrevem (11,28%), superior completo (10,92%), fundamental completo (7,12%), analfabetos (5,32%) e superior incompleto (5,30%). Outros 55 não informaram o grau de instrução ao TSE.
Biometria
Outro indicador que se destaca no eleitorado de Itabuna é o de eleitores que não realizaram o cadastramento biométrico. Apesar de ter 12 vezes menos domiciliados aptos a votar que Salvador, o município do sul do estado tem cinco vezes mais eleitores que não fizeram o cadastro da biometria em relação à capital baiana.
São 26.905 (17,43%) nessa condição, contra apenas 5.120 (0,27%) em Salvador. Esses eleitores, porém, estão liberados a votar, já que o Tribunal Superior Eleitoral dispensou a obrigatoriedade da biometria, em função da pandemia do novo coronavírus.
Gênero
Assim como acontece em boa parte das cidades, as mulheres são maioria entre as pessoas que poderão exercer o voto em Itabuna nas eleições deste ano. Conforme os registros do TSE, os homens compõem 45,50% do eleitorado itabunense, enquanto a eleitoras representam 54,47% – 0,17% a mais em relação ao último pleito municipal.
Estado civil
Os solteiros também predominam, entre os aptos a votar na cidade do sul da Bahia. Com 66,82%, a parcela, no entanto, é menor que há quatro anos, quando 78,69% dos eleitores de Itabuna tinham esse perfil.
Por outro lado, o número de casados cresceu, no eleitorado: de 18,38% para 26,69%. Viúvos representam 2,89% em 2020, enquanto divorciados 2,81% e separados judicialmente 0,72%.
Idade
A eleição de 2020 em Itabuna terá menos participantes, entre os mais jovens, cujo voto não é obrigatório. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral apontam que o número de eleitores de 16 e 17 anos na cidade caiu de 993 (0,66%), no último pleito municipal, para 767 (0,5%) neste ano.
Na contramão, no extremo oposto, os centenários (aqueles com cem anos ou mais) aptos a votar subiram de 62 (0,04%) para 170 (0,11%). A fatia mais recorrente, no entanto, é a de eleitores de 35 a 39 anos, que representam 11,05% do eleitorado que vai escolher o próximo prefeito do município. Em 2016, 30 a 34 anos era a faixa etária mais recorrente, com 11,85%.
Inclusão
De acordo com os registros do TSE, mais que o dobro de pessoas com deficiência poderão exercer o voto em Itabuna. Em 2016, o número total de eleitores com deficiência era de 239 pessoas; em 2020, os números registram 653 eleitores.
Entre os tipos de deficiência, a tendência se manteve: portadores de dificuldade de locomoção encabeçam a lista, seguidos de pessoas com tipos diversos de deficiência, dificuldade de locomoção, deficiência auditiva e visual, e, por fim, dificuldades para o exercício do voto.
Também seguindo a tendência da capital Salvador e de outras cidades do interior já elucidadas neste Raio-X, é possível notar o aumento de eleitores que registraram seu nome social. O número saltou de zero, em 2016, para 20 pessoas neste ano.
O direito é resguardado pelo Decreto nº 8.727 de abril de 2016, sobre reconhecimento de identidade de gênero “no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional”, e regulamentado por portaria do TSE publicada em 2018.
Fonte:BNews