Salvador

Estudantes da rede estadual promovem desfile de fanfarras pela paz

Historicamente, as fanfarras escolares têm a função de contribuir com a aprendizagem e a compreensão da escola como um lugar de socialização e inclusão, mas podem, também, harmoniosamente, ser utilizadas como instrumentos para causas que extrapolam os muros escolares, como por exemplo na defesa da paz. Foi com esse intuito que o Colégio Estadual Ruben Dario, localizado no bairro de San Martín, em Salvador, realizou, nesta sexta-feira (24), o 9º Desfile Intercolegial de Bandas e Fanfarras, em parceria com mais seis unidades da rede estadual de ensino: Professora Noêmia Rego, Desembargador Pedro Ribeiro, Professor Carlos Alberto Cerqueira, Centro Educacional Carneiro Ribeiro Classe I e Classe II e o Duque de Caxias.

Mais de 700 estudantes das sete unidades de ensino lançaram mão da harmonia, alegria e sonoridade de diferentes instrumentos musicais e da beleza da coreografia das balizas para contagiar moradores e comerciantes, ao longo dos dois quilômetros entre a San Martín e a Fonte do Capim, percurso escolhido para a realização do desfile do “Fanfarra da Paz”, tema central escolhido para o evento. “Estamos levando esta mensagem com alegria. É importante o envolvimento de toda a comunidade escolar e do seu entorno, integrando ações educativas na expectativa de chamar a atenção e sensibilizar a todos para a importância da cultura da paz”, explica o gestor do Colégio Estadual Ruben Dário, Antônio Pimenta.

Pablo dos Santos Silva, 22 anos, já concluiu o Ensino Médio e, hoje, é aluno do curso técnico de Administração. Além de tocar trombone na Banda Marcial do Colégio Estadual Rubem Dário (Bamcerd), ele atua apoiando e organizando os desfiles.

“Sou aluno de uma escola pública e foi aqui que aprendi a tocar um instrumento. Na fanfarra há respeito, disciplina e companheirismo. Não há um integrante que se destaque mais que o outro. Aqui, vestimos a mesma camisa. Juntos somos únicos”, conta.

Para a aluna do Colégio Estadual Duque de Caxias, Jasmine Ferreira, 18 anos, a fanfarra é uma oportunidade de aprender a trabalhar em grupo, interagindo com os colegas. “Atuando como comandante-mor da unidade escolar da Liberdade, ele é responsável por dar comandos ao conjunto, levando seus integrantes durante a marcha, orientando o que e quando tocar. É um aprendizado que vale para a vida toda. Se um único integrante não estiver bem, o trabalho em conjunto não vai fluir de uma forma positiva”, esclarece. 

 

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