Veja o que foi pauta nesta terça feira (14) na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA)
O assassinato da delegada Patrícia Neves Jackes Aires – cujo corpo foi encontrado, domingo (11), dentro do próprio carro abandonado no município de São Sebastião do Passé – repercutiu nas falas dos parlamentares inscritos no pequeno expediente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), desta terça-feira (13). Antes de o presidente Adolfo Menezes assumir a mesa, a presidência dos trabalhos foi dividida entre a deputada Fabíola Mansur (PSB) e o deputado Manuel Rocha (UB).
Fabíola Mansur (PSB) se disse chocada pelo feminicídio da delegada Patrícia, solidarizando-se com a família e cobrando punição exemplar do seu algoz, que confessou o crime. Ela anunciou que fará indicação para que as polícias Civil e Militar criem órgãos internos para receber denúncias de violência contra mulheres que compõem seus efetivos.
Hilton Coelho (Psol) se somou à mobilização do Sindicato dos Servidores do Ministério Público da Bahia (Sindsemp-BA), presente nas galerias Paulo Jackson, contra projeto que versa sobre a categoria, em pauta na Casa. O psolista também elogiou o desempenho do seu correligionário Kléber Rosa em debate de TV com os candidatos a prefeito de Salvador.
Tiago Correia (PSDB) demonstrou preocupação com o anúncio de cortes orçamentários do governo federal em programas sociais que afetam diretamente os mais vulneráveis. Ele censurou as medidas de bloqueio que alcançam o Auxílio Gás e o Farmácia Popular, além de criticar “os aumentos constantes de impostos e taxas pela União”.
Olivia Santana (PC do B) exigiu justiça e pleno funcionamento da Lei Maria da Penha ao abordar o assassinato da delegada Patrícia Aires, além de elogiar a atuação da Polícia Civil para desvendar o crime e se solidarizar com a família enlutada. Também saudou as políticas anunciadas pelo governador Jerônimo Rodrigues no Dia da Juventude (12).
Raimundinho da JR (PL) voltou a relatar transtornos e problemas aos usuários da BA-093, sob a responsabilidade da concessionária Bahia Norte, lembrando que a empresa adquiriu recentemente a Concessionária Litoral Norte (CLN). O liberal também tratou sobre educação e saneamento básico no município de Dias d’Ávila.
Lucinha do MST (PT) lembrou que 12 de agosto marca a morte da sindicalista Margarida Alves, que inspirou a Marcha das Margaridas, e se associou às falas de pesar pelo assassinato da delegada Patrícia Aires. Também elogiou as políticas do governo estadual para juventude e a entrega de alimentos do PAA Quilombola, na sexta (9), em Araçás.
Rosemberg Pinto (PT) disse “dividir a angústia” diante de casos de violência contra mulheres como o da morte da delegada, defendendo mecanismos que incentivem e facilitem a denúncia. Ele citou, como exemplo, manifestações recentes de apoio, na ALBA, à pré-candidata a prefeita de Santa Luzia, vítima de violência política de gênero.
Alan Sanches (UB) se associou aos discursos de indignação pela morte violenta da delegada, defendendo que “a sociedade precisa, efetivamente, levantar-se contra esse tipo de crime”. Líder da minoria, o deputado também tratou sobre o período de eleições municipais, propondo que a pauta de votações fique garantida, pelo menos, às terças.