Veja o que foi destaque nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa da Bahia
O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente em 5 de junho, permeou os discursos do primeiro expediente da sessão ordinária realizada na tarde desta quarta-feira (5) no Plenário Orlando Spínola. Os trabalhos da mesa foram dirigidos pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Adolfo Menezes, e também pelos parlamentares Marcelino Galo (PT) e Vitor Bonfim (PV). Na galeria, estudantes da Escola Municipal Itamar Oliveira Rodrigues, do município de Lauro de Freitas, acompanharam a sessão e foram saudados por diversos legisladores que subiram à tribuna.
Líder da bancada governista na ALBA, o deputado Rosemberg Pinto (PT) foi o primeiro orador a destacar a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente. “Hoje, precisamos fazer dessa data uma referência para o que devemos fazer todos os dias na nossa vida. Precisamos debater as mudanças climáticas e tratar de legislação que garanta a vida no nosso planeta”, enfatizou.
O deputado José de Arimateia (Republicanos) voltou a pedir a participação dos integrantes da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos nas reuniões ordinárias do colegiado para debater temas relacionados ao segmento na Bahia. “A comissão não consegue discutir propostas sobre meio ambiente. Na data de hoje, não tem nada a comemorar, nada a discutir. A população espera produção dos deputados desta Casa”, alertou.
O deputado Marcinho Oliveira (UB) subiu à tribuna para manifestar apoio ao deputado federal Ricardo Maia em função de uma reportagem da revista Isto É, que atribui ao parlamentar supostas irregularidades praticadas quando prefeito de Ribeira do Pombal. “Ele tem uma história de superação que todo mundo conhece. Começou sua vida trabalhando em cima de um trator arando terra, foi vereador e depois prefeito de Ribeira do Pombal”, contextualizou.
Com uma placa “Cadê o PLC 154/2023”, o deputado Hilton Coelho (Psol) questionou o Poder Executivo sobre quando será retomada a tramitação da referida matéria que trata do plano de cargos e carreira dos defensores públicos do Estado da Bahia. O parlamentar também abordou a audiência pública promovida pela ALBA que tratou da Praia de Buracão, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, onde está prevista a construção de três prédios com possibilidade de sombreamento da praia.
A construção dos espigões também foi tema do discurso do deputado Robinson Almeida (PT). Ele lamentou que a prefeitura tenha autorizado a edificação de espigões com 16 andares no local. Em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o parlamentar afirmou que o mundo passa por uma emergência climática, com dias mais quentes, secas e enchentes, fenômenos que têm alterado a vida na sociedade e causado tragédias.
Nesta data, complementou a deputada Fátima Nunes (PT), é importante que a população acorde para ter mais zelo e cuidado com o planeta. Ela saudou os ambientalistas que lutam em defesa da preservação do meio ambiente e citou um trecho da música Filho do Dono, composta por Petrúcio Amorim e interpretada por Flávio José: “A natureza na fumaça se mistura, morre a criatura e o planeta sente a dor”.
A deputada Olívia Santana (PC do B), ao fazer referência ao Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrou que a data foi criada em 1972 durante a Conferência de Estocolmo pela Assembleia Geral das Nações Unidas e passou a ser celebrada em 1974. “É preciso maior consciência política a respeito da questão ambiental, uma agenda que é tratada no Brasil em segundo plano”, ponderou a legisladora, que também saudou a seleção feminina de futebol pela vitória sobre a Jamaica em partida disputada na Arena Fonte Nova, em Salvador, na última terça-feira (4).
Encerrando o pequeno expediente, o deputado Marcelino Galo foi à tribuna alertar que a terra está chegando ao seu limite de esgotamento. “Estamos vivendo uma crise que se expressa nos eventos extremos que se apresentam em alguns cantos do planeta, como o que ocorreu no Rio Grande do Sul”, frisou. Ele também informou que apresentou à ALBA o Projeto de Lei nº 25.296/2024, que institui o desmatamento zero no estado da Bahia e dispõe sobre a proteção das florestas nativas.