Eleições 2020

Após briga com PRTB, Celsinho nega aproximação com bolsonarismo e leva presente a Mourão

O candidato a prefeito de Salvador, Celsinho Cotrim (PROS), negou que sua visita ao vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), nesta sexta-feira (30), durante a inauguração do o Instituto de Saúde Avançado, no SENAI CIMATEC, seja uma aproximação da sua campanha com o bolsonarismo.

“É um querido amigo e eu sou amigo do general […] Para mim, isso não existe na política. Não existe Direita, nem Esquerda e nem Centro. Eu sigo para frente, quem estiver satisfeito com o nosso programa de governo e entender que Salvador precisa estar cada vez mais humana, fraterna e igualitária será acolhida no nosso projeto”, afirmou.

Acolhido no PROS, Cotrim integrava os quadros do PRTB em Salvador e seria o candidato da legenda à prefeitura de Salvador, após disputar uma vaga no Senado Federal pela legenda em 2018. Contudo, após articulações realizadas pelo vereador Cezar Leite e o representante do PRTB na Bahia, Rogério Da Luz, Leite se filiou ao partido e foi lançado como o escolhido para o pleito com benção do presidente nacional da legenda, Levy Fidelix.

“A política é feita de relações humanas, depois a gente discute as relações partidárias. Eu vim aqui dar um abraço no meu querido vice-presidente da República, dar a ele uma máscara dessas feita aqui em Salvador, na Bahia, e dar esse livro decorativo de Tatti Moreno como símbolo da nossa terra para estar no gabinete dele em Brasília”, declarou o candidato pelo PROS.

Pesquisa Ibope

Questionado pelo BNews sobre a suspensão da divulgação dos índices da nova pesquisa Ibope contratada pela TV Bahia com o cenário da corrida pela prefeitura de Salvador, Cotrim reforçou que concorda com a ação proposta pelo jurídico da Coligação Vamos Cuidar de Gente do Pastor Sargento Isidório (AVANTE), também candidato a prefeito em Salvador e deputado federal. 

“Uma cidade que tem 3 milhões de eleitores, aproximadamente, não dá para ter um cenário a partir de 600 telefonemas”, afirmou.

O levantamento seria divulgado nesta sexta-feira (30), contudo o juiz Antônio Mônaco Neto, da 13ª Zona Eleitoral, atendeu o pedido de Isidório e estipulou a aplicação de uma de R$ 10 mil caso haja descumprimento da decisão.

O jurídico do deputado alegou que a metodologia da pesquisa, realizada de forma presencial, descumpriria os protocolos sanitários para evitar a propagação da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Apontou também descumprimento legal da estratificação dos entrevistados quanto ao nível econômico; falhas no sistema de controle do Ibope, posto que checados apenas 20% dos questionários; o questionamento relativo ao segundo turno das eleições 2020, se houver e também argumentou irregularidade na desconsideração da intenção de voto, o que para o jurídico de Isidório traria “incertezas e descrédito na intenção de voto do eleitor”. 

“De fato constata-se algumas irregularidades na execução da pesquisa apresentada. No que se refere a forma presencial de pesquisa, observo não a torna questionável já que a legislação eleitoral não especifica como deve sê-la. De outra banda, referente a ausência dos estratos econômicos com a especificação da faixa de renda mensal familiar dos entrevistados, constata-se que houve um descumprimento do previsto no art. 2o, IV, da Resolução TSE no 23.600/2019, o que consequentemente afeta a credibilidade da pesquisa”, argumenta o juiz na sentença cujo BNews teve acesso.

O prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas, ACM Neto, classificou como “irrazoável” a suspensão da divulgação da pesquisa. “Me parece que a Constituição Federal consagra o direito a livre publicação dos dados de pesquisas eleitorais desde que cumpridos todos os critérios estabelecidos na legislação. Me parece que para consagrar esse direito, a livre informação, assim como os princípios democráticos essa é uma decisão que vai na contra mão disso que me parece ser absolutamente fundamental para a democracia”, afirmou Neto.

Fonte:BNews

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