Após requisitar mensagens hackeadas, STF deve intervir no caso das mensagens obtidas em celulares de autoridades
Após requisitar à Polícia Federal as mensagens hackeadas de autoridades, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) articulam o afastamento do procurador da República Deltan Dallagnol do comando da Lava Jato, em Curitiba.
Os ministros buscam caminhos para que isso ocorra. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tem sido pressionada a determinar essa medida a partir de Brasília. Nesta quinta-feira (1º), ela convocou uma reunião de emergência para discutir o assunto.
A reação do STF se deu no dia em que mensagens publicadas pela Folha de S.Paulo, em parceria com o site The Intercept Brasil, revelaram que, em 2016, Deltan incentivou colegas a investigar Dias Toffoli, hoje presidente do Supremo.
Na reportagem, os ministros criticaram duramente a atuação de Deltan, que, na avaliação deles, passou a usar a operação de combate à corrupção como instrumento de intimidação. O diálogo no Telegram mostra Deltan na busca de informações sobre as finanças pessoais de Toffoli e sua mulher, Roberta Rangel e evidências que os ligassem as empreiteiras envolvidas com o esquema de corrupção na Petrobras.
De acordo com a Constituição, ministros do STF não podem ser investigados por procuradores de primeira instância, como Deltan e colegas.
Diante do exposto, o STF deve trabalhar para que Deltan Dallagnol seja afastado de suas funções na Operação Lava Jato.
A Lava Jato, está bastante comprometida, a operação que surgiu com a missão de combater a corrupção, pode ter começado bem, mas se perdeu em seu curso. Agora a operação é investigada pelos mesmos atos que foi criada para combater.
