Bahia

SineBahia oferece ações diversificadas de qualificação e discussão de gênero durante o Março Mulher

As mulheres ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Pensando nesse público, neste mês de março, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) disponibiliza  uma série de ações em comemoração ao Março Mulher 2023, com foco no público feminino que busca de autonomia por meio da inserção ou reinserção no mercado de trabalho. A programação oficial foi aberta nesta quinta-feira (9), na Unidade Central do SineBahia, órgão estadual de intermediação de mão de obra, com uma roda de conversa abordando o tema ‘Desigualdade e Violência contra as Mulheres no Mercado de Trabalho’.

programação inclui ações presenciais e virtuais transmitidas pela Plataforma Google Meet e Redes Sociais do Sinebahia (Instagram e Facebook), incluindo cursos, oficinas, consultorias, palestras e ‘lives’ temáticas. O superintendente de Desenvolvimento do Trabalho da Setre, Rubens Santiago, destacou que as ações vão se estender por todo o mês de março nas unidades do Sinebahia, com a oferta de palestras, rodas de conversa, ações de saúde, bem-estar e cidadania, entre outras. Ele ainda pontuou que o serviço conta com unidades especializadas no atendimento ao público feminino.

“A gente destina dois locais específicos para atendimento prioritário e muitas vezes exclusivo para as mulheres, como em Cajazeiras e no Comércio. Temos também outras oportunidades como o Contrate, para aqueles profissionais autônomos que prestam serviços de arrumadeira, cuidadora de idosos, entre outros, na casa das pessoas, intermediados, fiscalizados e monitorados pela Secretaria do Trabalho”, detalhou.

Transversalidade

Para a superintendente de Promoção dos Direitos das Mulheres da Secretaria de Promoção das Mulheres (SPM), Ioná Queiroz, o Governo do Estado tem uma política de transversalidade para as questões de gênero. “A Setre é uma grande parceira nossa. Nós estamos construindo uma linha de crédito para as mulheres, que o Credibahia vai fazer. Também estamos diálogo  com o Sine sobre diversas formas de capacitação, de inclusão, trabalhando a autonomia, desde a questão da autoestima até a parte da formação de capacitação, para negócios formais e informais. Estamos também discutindo fazer um recorte feminino no Contrate”.

Para a coordenadora da Superintendência de Políticas para a Igualdade Racial da Sepromi, Vivian Queiroz, o diálogo é fundamental. “A gente não consegue estabelecer a garantia de direitos sem que eles sejam difundidos. É importante que as mulheres saibam e tenham uma dimensão da interseccionalidade dessas questões, de como essa violência de gênero, como ela impacta e se desdobra para mulheres negras, para mulheres indígenas, para mulheres com algum tipo de deficiência. Todos esses corpos femininos, distintos em suas realidades precisam estar contemplados quando a gente está batalhando, está atuando neste caminho para o mercado de trabalho com mais equidade”.

Na prática

A pedagoga Solange Barbosa, 55 anos, foi atendida no SineBahia da Estação Pituaçu e aprovou a iniciativa. “Ainda bem que a gente avançou um bocado, né? Porque a gente não tinha certos serviços. Procurar um trabalho depende muito da qualificação. Então, você tendo programas, treinamento, oportunidades, facilita muito. Imagine, eu com 55 anos, como é que eu volto para o mercado do trabalho se eu não tiver uma orientação ou um programa para mim? Então, é importante para mim, nessa idade, e para as meninas que estão chegando no mercado de trabalho”.

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