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Sessão na AL-BA engrossa coro pelo registro do Forró como Patrimônio Imaterial

Em defesa do Forró, Fabíola defende fiscalização pelo cumprimento da Lei da Zabumba

Uma sessão especial na Assembleia Legislativa realizada nesta terça-feira (14) engrossou o coro em defesa do registro oficial das matrizes do forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Proposta pela presidente da Comissão de Educação e Cultura da Casa, deputada Fabíola Mansur, a cerimônia reuniu políticos, representantes do governo, associações e artistas, todos em defesa da valorização cultural do forró. Durante o ato, Fabíola apresentou uma indicação ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) pelo reconhecimento das matrizes forrozeiras como patrimônio baiano, dando um primeiro passo pela patrimonialização enquanto o mesmo trâmite não é concluído nacionalmente junto ao IPHAN.

A parlamentar sugeriu ainda a criação de um grupo de trabalho (GT) com deputados, forrozeiros e representantes de órgãos públicos e do segmento para buscar a regulamentação e cumprimento da Lei da Zabumba, que define que 60% das contratações feitas com recursos do Estado sejam destinadas a artistas que garantam a característica específica da festa. “A Lei da Zabumba surgiu com grande expectativa, mas sem regulamentação e sem fiscalização, ela não tem efeito prático. É preciso fazer com que a lei tenha efeito real”, defendeu. 

“O forró é uma manifestação genuinamente brasileira e temos o dever de salvaguardar um dos nossos maiores bens culturais. O povo brasileiro já reconhece em sua essência o forró como patrimônio imaterial, mas precisamos desse reconhecimento formal. Encaminhamos essa solicitação do registro ao IPAC, mas entendendo que não podemos parar por aí”, explicou Fabíola.

Com a presença de deputados, forrozeiros e representantes dos órgãos públicos, a Sessão contou com apresentacão de sanfoneiros, quadrilha junina e vídeos sobre a valorização do forró. Presente durante o evento, o cantor Del Feliz ressaltou a importância da iniciativa. “O São João é uma festa representativa do país e é importante ressaltar a nossa cultura. Nós forrozeiros lutamos muito pela Lei da Zabumba e a sua regulamentação é uma grande valorização. Quero parabenizar a Deputada Fabíola Mansur por essa ação e acho que ninguém melhor do que ela para liderar essa defesa.” 

Para Fabíola é necessário que os baianos incorporem esse sentimento de pertencimento com as matrizes juninas. “Temos que ter o nosso compromisso com as manifestações culturais. O São João movimenta cerca de 700 milhões no Estado contribui para o desenvolvimento do turismo, economia e geração de emprego e renda. É necessário que haja um investimento maciço dos governantes, dos municípios ao contratar as atrações para fazer valer a Lei da Zabumba. É importante destacar que essa movimentação nossa precisa ser uma força tarefa a favor das tradições”, concluiu Mansur. 

Representando o Governo do Estado, o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), João Carlos Oliveira falou sobre o processo do registro “A preservação da cultura passa por uma situação transversal do Governo. O forró representa uma diversidade tão grande pois envolve música, dança, culinária e design. É uma importante ação mas essa representatividade que está aqui hoje que vai garantir a valorização da cultura”, explicou. 

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