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Presidente do Sindicato dos Cordeiros do Estado da Bahia (ASSINCORDA), Mateus Silva Santos utilizou a Tribuna Popular na sessão ordinária desta segunda-feira (17). Durante o seu pronunciamento, o dirigente sindical reivindicou “responsabilidade social” na gestão do Carnaval de 2025 com relação à categoria que ele representa.
“Na festa momesca, a Prefeitura irá faturar milhões. E não podemos fechar os olhos para os 15 mil cordeiros que enfrentam dificuldades durante o Carnaval para garantir seu pão de cada dia”, afirmou.
Ele apresentou algumas reivindicações e solicitou apoio dos vereadores aos pleitos, como dois pontos de apoio para os blocos, com estruturas montadas pela Prefeitura para o armazenamento de água; um “projeto social” para os cordeiros com a participação de grandes patrocinadores do Carnaval; a distribuição de sopa para os trabalhadores e uma “Central dos Cordeiros”, destinada ao acolhimento e suporte à categoria. E também a criação de um “Fundo Social do Carnaval”, para apoiar os trabalhadores em situação de vulnerabilidade social.
No último dia 12, o vereador Maurício Trindade (PP) promoveu, no Centro de Cultura da Câmara de Salvador, a audiência pública “Trabalhador Legal”. O ato contou com a presença de vereadores, representantes do Sindicato dos Cordeiros, ambulantes, montadores, recicladores, músicos, profissionais do entretenimento e sociedade civil, que apresentaram suas reivindicações sobre as dificuldades enfrentadas antes, durante e após o Carnaval.
Na sessão ordinária desta segunda-feira, ele abordou o tema. “O Carnaval de Salvador não pode ser só para os ricos. Os cordeiros recebem água quente. E necessitam de um local para banho”, pontuou. Ele também argumentou que os ambulantes reclamam “da ditadura da cerveja que patrocina o Carnaval”.
E afirmou que “o ISS na área da saúde aumentou em Salvador, mas os camarotes tiveram redução deste imposto”.
Já a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) parabenizou o vereador Maurício Trindade pela audiência pública e fez uma saudação ao ASSINCORDA “pela sua luta”. De acordo com a parlamentar, “a pobreza também vai para a avenida. São pessoas que vão trabalhar no Carnaval para terem alguma renda, pois estão incluídas no Bolsa Família e também em situação de desemprego.