Projeto de Matemática incentiva estudantes de Miguel Calmon a colocarem em prática o aprendizado de sala de aula
Com o intuito de desmistificar a ideia de que a Matemática é uma disciplina complexa e de difícil compreensão, o professor Anderson Accioly, do Colégio Estadual Nossa Senhora da Conceição, em Miguel Calmon, desenvolveu com seus alunos o projeto “Matemática nas alturas”, um trabalho que alia os conhecimentos teóricos das funções de segundo grau com a prática. Na atividade, cerca de 160 estudantes participaram da construção e do lançamento de foguetes, que incluíram medições e cálculos das demonstrações de alcance e das alturas máximas atingidas pelos projéteis.
Idealizador de outros projetos, como o “Caminhos da Matemática nas Trilhas das Sete Passagens”, através do qual os alunos vão até o Parque Estadual das Sete Passagens para trabalhar os conceitos de teoremas e cálculos de altura das cachoeiras, o professor encanta os alunos com o trabalho proposto. Karinne Marques, 16, 2º ano do Ensino Médio, ressaltou que consegue compreender melhor os assuntos com a prática da teoria e que adorou o formato. “O professor trouxe a proposta da construção do foguete e apresentou o projeto como uma forma de entendermos, na prática, como funcionavam as parábolas e a lógica na construção das fórmulas. Não ficou cansativo, facilitou o entendimento do assunto e ficou muito mais fácil visualizar a aplicação desse conteúdo”.
Para o professor Anderson, o “Matemática nas alturas” faz com que os estudantes demonstrem autonomia, criatividade, empolgação e disponibilidade para aprender. Ele conta que os projetos realizados são frutos de uma superação pessoal com a matéria. “Quando era estudante, tinha muita dificuldade e isso fez com que, na minha formação como professor, buscasse o porquê de as pessoas terem dificuldades em entender a Matemática”. A curiosidade e a busca por informações para se transformar em um bom professor impulsionaram Anderson a cursar História, Matemática, Psicopedagogia e Metodologia do Ensino na Matemática.
“A Neurociência explica que precisamos alcançar os indivíduos por diferentes modos de aprendizagem – visual, auditivo e, por fim, sinestésico – nos quais se utiliza muito o tato para estudar, focando sempre em situações práticas, movendo, tocando, montando e desmontando coisas e estimulando aprendizados. Percebi que o ensino da matéria, no modo geral, tendia a ser abstrato, pela forma que é normalmente trabalhada. Então, busquei metodologias para ensinar que façam com que o aluno tenha facilidade em aprender”, explicou o educador.
A estudante Rebeca Vitória, 16, 2º ano do Ensino Médio, tinha dificuldades com a disciplina, porém o formato tem atraído o interesse da aluna, que tem gostado de estudar a disciplina. “As aulas são muito boas. Sempre achei a Matemática muito cansativa, com muitos cálculos, mas ele transmite os assuntos de uma forma que sentimos leveza. Gosto da metodologia dele por sempre trazer exemplos práticos, passei a ver que a Matemática está presente em nosso dia e como podemos usá-la em nossa vida. Isso tem me ajudado a superar minhas dificuldades na matéria”.