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JURACI NUNES: RODRIGO HAGGE, O ‘MIDAS” DO NOSSO TEMPO

Obra que relata a prosperidade econômica de famílias que se ascendem ao poder, onde não só o clã familiar muda de padrão de vida, e de resto todos que estão no entorno do governo, virou  best seler,  livro de cabeceira entre aqueles que se interessam pelo combate a esse mal que está nas entranhas da administração pública brasileira e mundial, a corrupção.  Os seus autores nos permitem entender como funcionam os grandes e complexos esquemas de corrupção que viraram regra nas administrações públicas em todos os níveis de governo.

Segundo eles, essa perversa marca patrimonialista de governança, está no centro desse mal que destrói o tecido social do País, atingindo de forma mais violenta e severa os milhões de irmãos brasileiros desassistidos pelo poder público, e tem como alguns dos seus perversos efeitos a falta de medicamentos na rede pública de saúde, as mortes silenciosas ocorridas nos hospitais, baixo nível de empregabilidade que leva famílias ao desespero, tendo a corrupção no centro de tudo.

Nesse sistema, aumentam-se privilégios, governa-se para poucos e aprofundam-se as desigualdades sociais, sendo que os seus  atores, sem nenhum escrúpulo e parcimônia, ao confundir o público com o privado, amealham riquezas, formam invejáveis patrimônios particulares, em detrimento do empobrecimento do restante da população; qualquer semelhança com Itapetinga é mera coincidência.

Neste quesito, por essas bandas, a luz amarela começa a piscar, coisas estranhas estão acontecendo, e que  precisa despertar  um olhar mais atento dos órgãos de controle e fiscalização do Estado Brasileiro, como Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Tribunal de Contas do Município.   

Enquanto vultosa arrecadação  que abarrota os cofres do município  todo mês, que atinge a estratosférica soma de 140 milhões anuais, e que desaparece no sumidouro da incompetência, a sociedade assiste os serviços públicos se   precarizando a cada dia,  ao tempo que o prefeito e seus convivas se labuzam nas benesses que o poder  pode oferecer.

Aos poucos a Itapetinga das grandes conquistas de gestores visionários, que projetavam a cidade para muito além do seu tempo, vai dando lugar a uma cidade governada por uma casta familiar, que não nos permitem enxergar o horizonte, que se nos apresenta cada vez mais sombrio.

Cenário que nos garantem a afirmar que, ao contrário do alardeado bom gestor, de um líder a altura da pujança de Itapetinga no cenário regional e nacional, os deuses da politica revelou para todos nós, como num passe de mágica,  um laureado produtor rural, criador de cavalos de puro sangue, de genética apurada, atividades que o excêntrico  e promissor produtor desenvolve   em seu luxuoso Haras, localizado às margens do Rio Pardo, onde sempre é encontrado nos finais de semana e nos feriados prolongados cavalgando garbosamente e fazendo mimos em seu cachorrinhos de raça apurada adquiridos a peso de ouro.

Não é à toa que o galante prefeito de Itapetinga vem sendo chamado, e com justiça, de o Midas do nosso tempo. Midas é um personagem da mitologia grega, rei da Frígia, cujo principal mito atribuído a ele, era o fato de transformar em ouro tudo o que tocava.

Sorte não é para todos!

Por Juraci Nunes de Oliveira, advogado e radialista.

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