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E AGORA JOSÉ: DALLAGNOL SUGERE PROTEÇÃO DE MORO A FLÁVIO BOLSONARO PARA NÃO COMPREMETER INDICAÇÃO AO STF

Coordenador da Lava Jato concordou que o vereador mantinha esquema de corrupção em seu gabinete: “É óbvio que aconteceu”

Um novo material divulgado pelo The Intercept Brasil neste domingo (21) revela que o coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, concordava com o posicionamento de outros colegas do Ministério Público Federal sobre a investigação de um esquema de corrupção no gabinete de Flávio Bolsonaro, conhecido como caso Queiroz, durante o mandato do filho do presidente Jair Bolsonaro como vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Social Liberal (PSL).

“É óbvio o q aconteceu… E agora, José?”, disse o procurador em um dos chats secretos ao qual o portal teve acesso.

Segundo as mensagens selecionadas, Dallagnol temia que o Ministro da Justiça, Sergio Moro, protegesse Flávio Bolsonaro para não desagradar ao presidente e, desta forma, não colocar em risco sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), como tinha antecipado Jair Bolsonaro em maio deste ano.

“Moro deve aguardar a apuração e ver quem será implicado. Filho certamente. O problema é: o pai vai deixar? Ou pior, e se o pai estiver implicado?”, questionou o procurador na conversa com colegas.

Ainda segundo o Intercept, Dallagnol adotou uma postura diferente em relação ao caso Queiroz. Adepto a declarações midiáticas, o procurador da Lava Jato expressou estar vacilante em fazer uma condenação mais severa de Flávio Bolsonaro aos meios de comunicação e teria evitado um convite para participar do programa Fantástico (rede Globo), em janeiro deste ano, como forma de evitar perguntas sobre o caso.

No frigir dos ovos, torna-se cada vez mais eminente o processo que fez a Lava-Jato se perder durante seu curso. Uma investigação que teria tudo para de fato passar o país a limpo, mas que infelizmente sofreu uma partidarização, que acabou por comprometer toda operação e trazer o descrédito da mesmo por boa parte da opinião pública, com exceção dos apaixonados por Bolsonaro. Outro fato que reforça o interesse pessoal de Moro e a partidarização da operação, foi pelo fato de Moro ter aceito convite para ser o Ministro da Justiça do Governo Bolsonaro, que por sua vez, tinha imenso interesse em eliminar Lula da disputa presidencial e desta forma tornar mais fácil seu caminho para chegar ao cargo de Chefe do Executivo Federal.

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