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O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados do Município de Salvador (Sintral)denuncia que a gestão municipal é responsável pela demissão de aproximadamente 1.200 agentes.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados do Município de Salvador (Sintral), Ramon Depa, criticou, na Tribuna Popular da Câmara Municipal, na tarde de segunda-feira (4), o déficit de funcionários do setor nas escolas públicas do Município. Segundo ele, a ausência dos trabalhadores compromete a segurança nas unidades de ensino, principalmente à noite.
 
Depa afirmou na Tribuna Popular que a gestão municipal é responsável pela demissão de aproximadamente 1.200 agentes. “É o cúmulo que o prefeito de nossa cidade permita que todos os agentes de portaria do turno noturno sejam demitidos em massa”, reclamou.  
 
O sindicalista aproveitou a oportunidade para denunciar uma ação criminosa ocorrida na Escola Municipal Cônego Abílio Lobo, no Largo do Tanque, no final de semana. Segundo Depa, bandidos invadiram a unidade de ensino e furtaram computadores, filtro, máquina fotográfica, botijão de gás, produtos de limpeza e toda merenda estocada. Por causa da ocorrência, que foi registrada na Polícia Civil, mais de 200 alunos estão sem aula e, conforme o dirigente sindical, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) não informa previsão de retorno das atividades. 
 
“De quem é o interesse em demitir esses agentes de portaria para colocar circuito interno de vigilância eletrônica?”, indagou Ramon Depa, salientando que o custo da implantação tecnológica representa o dobro do gasto com os 1.200 trabalhadores demitidos.
 
Educador
 
Ao comentar a Tribuna Popular, o vereador Sílvio Humberto (PSB) enalteceu o papel do agente de portaria no processo educacional. Conforme o legislador, a figura do servidor não serve apenas para controlar a entrada nas escolas, mas também no contato com alunos, pais e na mediação de conflitos. 
 
“Como teremos uma educação pública de qualidade, pensando em uma educação de forma integral, onde todos participam do processo educativo, se você coloca a tecnologia e desconsidera o as pessoas”, provocou Sílvio. 
Presidente da Comissão de Educação, Esporte e Lazer da Câmara, o vereador Toinho Carolino (Podemos) também criticou o impasse. “O avanço da tecnologia não pode parar, mas também não podemos contribuir para que as famílias dos agentes venham a passar por dificuldades numa cidade que é campeão no desemprego. Quero pedir ao governo municipal que reveja esta situação”, cobrou Carolino. O vereador Marcos Mendes (PSOL) se associou aos colegas em prol da categoria.
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