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Necessário que a imprensa esteja unida para combater toda forma de agressão

Depois do episódio, domingo (12), presidente Jair Bolsonaro quando esteve na Bahia, o que seria uma visita à região atingida pelas fortes chuvas no extremo sul baiano, na cidade de Itamaraju, se tornou mais uma vez em palco de carreata, comício e agressões. A equipe da TV Bahia, afiliada da TV Globo e da TV Aratu, afiliada do SBT foram agredidos pelos seguranças do presidente da república.
Para a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) não tem dúvidas em relação a quem protagonizou mais um episódio de agressão contra jornalistas em pleno exercício da profissão. Segundo a entidade, o episódio ocorrido no interior da Bahia na tarde de domingo, 12, foi conduzido por “milicianos bolsonaristas”.

Já Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lamentou o ocorrido e, por nota oficial, exigiu que Bolsonaro “cesse os ataques verbais contra a imprensa, os quais incentivam sua militância a agredir repórteres e impedir seu trabalho, o qual é garantido pela Constituição Federal”.

O coletivo Inteligência Brasil Imprensa (IBI), repudiou em nota assinada no dia do episódio (12) que, não podemos mais suportar a milica agredindo a imprensa com “vista grossa” do Presidente da República e colocamos a inteira disposição, em denunciar esse e qualquer outra agressão aos profissionais.

Na Bahia, em documento encaminhado ao governador do Estado da Bahia, Rui Costa do (PT), solicitamos providencias junto aos órgãos de segurança pública pedindo a punição dos culpados, nos crimes e agressões aos profissionais de imprensa no estado. Continuaremos cobrando uma resposta do governo e seus órgãos de segurança pública, bem como apoiando as instituições e pessoas que intenderem a importância do assunto.
O que adianta pedir desculpas? Segurança que ofende e ameaça um jornalista, — “vou enfiar a mão na tua cara”, que coisa mais absurda. As agressões são costumeiras em todo o Brasil, sempre que o Presidente e seus apoiadores visitam algum lugar, é a mesma coisa, agressões.

A preocupação com a crescente escalada de violência contra jornalistas em todo o Brasil, deve ser um sentimento compartilhado por todos os profissionais do setor. Requer ações mais enérgicas por parte das autoridades governamentais e do Poder Judiciário de modo a solucionar esse grave problema que tem atingido não só categoria mais uma sociedade como toda, já que fere a democracia e a nossa Constituição Federal.
A Rede Sustentabilidade, peticionou juntada no processo da ADPF 897/DF, que informou ao Ministro Dias Toffoli as novas agressões ocorridas a jornalistas ontem, na Bahia, e reiterando a urgência no deferimento dos pedidos liminares requeridos. Que o Presidente da República seja impedido de realizar ou de incentivar a realização de ataques verbais, ou físicos à imprensa e aos seus profissionais. Que a Presidência da República seja obrigada a adotar, em caráter imediato, todos os meios necessários para assegurar o livre exercício da imprensa, bem como a integridade física de jornalistas e demais profissionais da mídia, durante a cobertura dos atos do Presidente.
Nos estados do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Maranhão, diariamente um profissional de imprensa é agredido, outros assassinados, quando não sofrem assédio Judicial por parte dos maus políticos. Na Bahia, tem casos com 23 anos agudando resolução e punição dos culpados, o assédio judicial é constante, ameaças ‘on-line’ já perdemos a conta.
Muito importante que os profissionais agredidos façam ocorrência e denuncie toda e qualquer forma de agressão. Que os sindicatos e associações de classe, promovam o debate junto ao poder público na busca de uma solução. Que o Judiciário seja célere, que o Ministério Público se manifeste, que as polícias investiguem e prendam os copados até o jurgamento final. Já passou da hora de acordar para uma triste realidade, a milícia está impregnada na Bahia.
Não podemos mais permitir ferir a nossa democracia, a imprensa será sempre fundamental para uma sociedade livre e democrática.

*Fábio Costa Pinto
Jornalista de profissão, formado pela ESPM do Rio de Janeiro, com MBA em Mídia e Comunicação Integrada pela FTE/UniRedeBahia.
Membro da Associação Brasileira de Imprensa-ABI (Sócio efetivo)
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo-Abreji (Associado)
Inteligência Brasil Imprensa – IBI (Coletivo)
Sindicalizado, Sinjorba / Fenaj

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