Tecnologia

Startup baiana cria produto à base de isopor para ser utilizado na construção civil

O isopor, conhecido tecnicamente como poliestireno expandido (EPS), é um material muito utilizado em diversos setores da indústria brasileira. Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no Brasil, o consumo anual do item é de 36,6 mil toneladas. Apesar de versátil, o descarte indevido é prejudicial para o meio ambiente, pois pode gerar impactos negativos nos oceanos e liberar substâncias tóxicas ao ser humano. Por isso, Luciana Luz e Lucas Luz fundaram a startup Start Solidarium, que tem o propósito de transformar resíduos de EPS em matéria-prima para aplicar em reformas e na construção civil.

A startup tem como mercadoria a massa Reparô, que é desenvolvida com base no isopor. Os resíduos são coletados através de pontos de coleta e cooperativas parceiras. “Os produtos são elaborados a partir de reciclagem do isopor, material muito abundante em embalagens de eletrodomésticos, eletrônicos e alimentos. Para a fabricação, utilizamos material pós-consumo, contribuindo para a redução do descarte irregular”, diz Luciana.

A fundadora da empresa explica que o produto gerado através do resíduo do isopor pode ser usado para consertar objetos, impermeabilizar superfície e pintar. “A massa Reparô pode ser utilizada para a restauração de outros resíduos. Por exemplo, uma porta que foi danificada e jogada fora. Então, a massa pode ser aplicada no objeto e ela volta à possibilidade de uso. Além disso, pode ser aplicada como tinta e em moldes. Nosso material é resistente, lavável e impermeável, com aplicação no artesanato, decoração, indústria, marcenaria, construção civil e arquitetura”.

A empresa, com foco na economia circular e sustentável, conceito que integra o desenvolvimento econômico e o melhor uso de recursos naturais, tem como parceiros o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Senai Cimatec e o Espaço Colabore. Além disso, a Start Solidarium foi uma das aprovadas pelo Edital Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb). “Os próximos passos do projeto serão a automação industrial, criação do aplicativo com função de integrar doadores de resíduos com prestadores de serviço parceiros e expansão, através de franquia ou credenciamento”, projeta Luciana.  

 

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