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Prefeitura avalia prejuízo após roubo de lança da estátua de Zumbi

Mais um monumento histórico foi atacado por vândalos em Salvador. Dessa vez, o alvo foi a histórica estátua de Zumbi dos Palmares, que fica no coração da Praça da Sé, no Pelourinho, Centro Histórico. Vândalos furtaram metade da lança que a imagem carrega. Responsável pela obra, a Fundação Gregório de Matos (FGM) informa que já registrou o boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia, nos Barris. A próxima etapa é fazer orçamento para levantar o prejuízo e providenciar a recuperação.

Feita em bronze, a estátua de Zumbi tem 2,20 metros de altura e pesa 300 quilos. Assinada pela artista plástica Márcia Magno e considerada a primeira estátua a retratar Zumbi de corpo inteiro, a obra foi inaugurada há 11 anos. Em 2018, a FGM restaurou 13 monumentos e dois deles foram vandalizados no mesmo ano: a estátua de Castro Alves, na praça de mesmo nome, na Rua Chile, e o Ode a Jorge Amado, no Imbuí.

Ainda em 2018 foram identificados os roubos a outras partes de esculturas em bronze do monumento ao Dois de Julho. Em 2017, foram roubados os elementos decorativos e letras, que haviam sido restauradas em fibra de vidro, da estátua do Barão do Rio Branco. A Prefeitura estima um gasto mensal de R$45 mil para recuperar equipamentos públicos quebrados e pichados, a exemplo de praças, academias de saúde, espaços de lazer e monumentos.

Em grande parte dos furtos, o intuito dos vândalos é revender o que for possível arrancar da obra, seja ferro, alumínio ou bronze. Existem ainda os ataques por conta de intolerância religiosa, como foi o caso da Pedra de Xangô, onde foram jogados quilos de sal grosso. O fato já está sendo investigado pelo Ministério Público – o monumento natural e a área em volta serão transformados em um parque pela Prefeitura, através da Secretaria de Cidade Sustentável e Inovação (Secis).

Conscientização – Atividades de educação patrimonial, como a roda de conversa mensal “Patrimônio é…” vem sendo desenvolvidas pela FGM, por meio do Salvador Memória Viva, programa de atividades de proteção e estímulo à preservação dos bens materiais e imateriais do município. Ao todo, foram 19 encontros entre 2017 e 2018.

Outra ação da Fundação para estreitar a relação do cidadão com sua história e seus monumentos é o projeto #Reconectar. Alguns monumentos da cidade ganharam placas com QR Code instaladas próximas às suas bases e basta aproximar um celular ou tablet com leitor para esse tipo de código que um link se abre, dando acesso à ficha com os dados e um resumo sobre o personagem ou evento retratado naquela obra.

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