Leonelli: “Governos e partidos não conseguem compreender a importância do setor”

O presidente do Instituto Persar, Domingos Leonelli, disse, nesta quinta-feira (1°), durante a abertura do Congresso Nacional de Jornalistas e Comunicadores de Turismo, em Salvador, que os governos e partidos políticos não conseguem compreender a importância da economia criativa para as finanças de estados e municípios brasileiros. Ele foi um dos palestrantes da abertura do encontro que reunirá até sábado (3), 98 profissionais de imprensa de 21 estados na capital baiana.

Leonelli lembrou que o mercado de viagens movimenta R$ 750 bilhões e 8 milhões de trabalhadores no Brasil. “Precisamos deixar o período colonial, exportando matéria prima e importando tecnologia embarcada”, afirmou.

Para o presidente do Instituto Pensar, é preciso que o Estado Brasileiro invista em desenvolvimento tecnológico, pois, segundo ele, o mundo vive o momento mais disruptivo em toda a sua história. “As autoridades ainda não entenderam que o desenvolvimento econômico não é só indústria. Não há mais fronteira entre as fábricas e o mercado de servicos”, avalia.

Os setores mais dinâmicos da economia criativa são os mercados de softwares, design, Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), cultura e streaming. Já os mais inclusivos sob o ponto de vista da economia popular, conforme Leonelli, são os de moda, artesanato, entretenimento, gastronomia e turismo. “O Reino Unido compreendeu ainda nos anos 1990 a economia criativa como estratégia de desenvolvimento e é isso que precisamos aqui no Brasil, pois trata-se de uma alternativa para a redução das desigualdades”, finalizou.