Lançamento Carnaval da Bahia 2024 acontecerá na próxima terça-feira (23), no Pelourinho
Para dar boas-vindas ao maior Carnaval de rua do mundo, o Governo do Estado da Bahia realizará o projeto Lançamento Carnaval da Bahia 2024, no dia 23 de janeiro, a partir das 17h30, no Largo do Pelourinho.
O evento trará como atração a banda Timbalada, um dos mais importantes nomes da cultura afro-baiana, contando com a presença de grandes autoridades como o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior. Na ocasião, o Governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, apresentará a programação oficial do Carnaval, que este ano traz o tema “50 Anos de Blocos Afro. Nossa Energia é Ancestral”.
Os blocos afro surgiram com uma proposta estética inferida a partir de blocos de índio, com a introdução de algumas inovações fundamentais no processo: os desfiles giravam em torno de temas e a música foi adaptada para se ajustar à ocasião. O bloco afro é um grupo carnavalesco que traz em suas músicas, vestimentas e origem étnica a herança africana.
Em 1950, Adolfo Dodô Nascimento e Osmar Álvares Macêdo, mais conhecidos como Dodô e Osmar, respectivamente, criaram a Fobica, um calhambeque aberto adaptado para apresentações musicais na qual decidiram sair pelas ruas de Salvador com um motorista, para tocarem suas músicas e a partir daí o trio elétrico nasceu. Em 1952, o termo trio elétrico tornou-se genérico, em referência a um caminhão ou um ônibus que transportava os dois músicos ao redor das ruas durante o carnaval baiano. Em 1969, a canção de Caetano Veloso, chamada “Atrás do trio elétrico” acabou por popularizar o som do trio elétrico em todo o país. Hoje, a presença de caminhões de trio elétrico é uma das principais atrações do Carnaval da Bahia.
Os blocos de carnaval começaram a evoluir e se ramificar em várias correntes estéticas, manifestações musicais, e até mesmo religiosas. Os afoxés, cujos membros trouxeram sua cosmogonia religiosa afro-brasileira para a procissão carnavalesca, mantém suas raízes africanas com a puxada do ijexá (um ritmo tocado em homenagem aos orixás ou divindades afro-brasileiras). São formados principalmente por pessoas ligadas aos preceitos do candomblé. Tendo como a sua manifestação carnavalesca o resgate da herança cultural africana em seu ritmo, língua e vestimenta.