Fórum discute estratégias para avanços na segurança viária de Salvador
Nos últimos anos, Salvador se tornou referência no país e no mundo quando o assunto é a preservação de vidas no trânsito. Só para se ter uma ideia, em 2012, as ocorrências fatais envolvendo veículos nas vias da cidade ocupavam a 7ª colocação no ranking de causas de morte. Este ano, o índice caiu para a 27ª colocação. “Isso mostra que houve um avanço nas políticas adotadas de fiscalização e de uma real mudança de comportamento dos motoristas soteropolitanos”, pontuou o superintendente da Transalvador, Fabrízzio Muller.
Nesta quinta-feira (28), foi realizado na capital baiana o II Fórum Vida no Trânsito, que discutiu estratégias para avanços na segurança viária. Promovido pela Transalvador, o evento aconteceu no Hotel Bahiamar, em Jardim de Alah, reunindo representantes dos órgãos que integram o Comitê Programa Vida no Trânsito (PVT), a exemplos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), entre outras instituições.
Fabrízzio Muller lembrou que Salvador atingiu em 2017 – com três anos de antecedência – a meta da Organização das Nações Unidas (ONU) para a década 2011 – 2020, que estabelece redução em 50% do índice de mortes no tráfego. Países de diversas partes do planeta se comprometeram em trabalhar para atingir o objetivo. Entre 2012 a 2017, a capital baiana reduziu em 51% o número de fatalidades no trânsito.
O número de infrações também vem caindo desde 2016. Naquele ano, foram aplicadas na cidade mais de 900 mil multas. Para este ano, o quantitativo deve ficar na casa dos 475 mil. “Não houve mudança na fiscalização. Continuamos fiscalizando com o mesmo rigor, com os mesmos equipamentos. As pessoas é que estão sendo mais educadas e mais preventivas”, disse o gestor.
“Temos uma responsabilidade de manter esses números em queda. Todos os acidentes são previsíveis, então eles podem ser evitados. Grande parte das ocorrências acontece por falha humana, dos motoristas. Temos trabalhado bastante com uma política mais rigorosa de controle de velocidade, de ingestão de álcool na direção, além de programas educativos. Esse é o grande sucesso dos números de Salvador”, acrescentou o superintendente da Transalvador.
Ações educativas – Durante a primeira mesa-redonda do II Fórum Vida no Trânsito, a gerente de Educação para o Trânsito da Transalvador, Mirian Bastos, apresentou algumas estratégias que a autarquia municipal tem realizado nos ambientes corporativos e de ensino da cidade. Entre as ações, destaque para o programa “Crianças Condutoras do Futuro”, que promove ciclo de palestras nas escolas, trazendo temas sobre segurança viária, além de concurso de desenho e orientações de comportamento de pedestre. Mais de 48 mil crianças e 640 unidades de ensino já foram alcançadas com a ação, de 2011 até este ano.
Outra iniciativa é o programa “Condutor Cidadão”. A ação contempla palestras nas empresas; cursos para mototaxistas, agentes de trânsito e policiais militares; rodas de conversas para alunos do ensino superior, médio e fundamental; e encontro com motoclubes. Com esta iniciativa, mais de 5,4 mil condutores foram alcançados, de 2016 a 2019.