ELISEU PADILHA DEPÕE E DIZ QUE GEDDEL É UMA PESSOA CORRETA.
A audiência aconteceu as 10 da manhã de hoje e o alvo é a tentativa de obstruir a justiça, sobre as investigações na concessão da Caixa Econômica Federal.
O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o ex-ministro Geddel Vieira Lima é uma pessoa correta. Ele prestou depoimento na manhã desta 3ª feira (6.jan.2018) em uma ação penal na qual o antigo colega de Palácio do Planalto é acusado de tentar obstruir a Justiça. Padilha falou na condição de testemunha de defesa.
“Eu conheço o deputado e ministro Geddel desde que cheguei a Brasília em 1995 . Sempre tive nele uma pessoa correta, alguém que cumpria com as suas obrigações”, afirmou o ministro.
Padilha respondeu a 20 perguntas durante quase 10 minutos. O chefe da Casa Civil foi ouvido por videoconferência pelo juiz Vallisney de Oliveira das 10ª Vara Federal em Brasília. Geddel estava no local e acompanhou o depoimento.
O ministro da Casa Civil disse não conhecer Lúcio Funaro e sua esposa e negou que tratou de qualquer questão para evitar a delação premiada do operador financeiro.
Na sequência, começou o interrogatório de Geddel. Este é o penúltimo passo antes de o juiz proferir a sentença. Acusado de embaraçar investigações de organização criminosa, o ex-ministro pode pegar até 8 anos de prisão.
Geddel se emocionou por duas vezes durante a fala. A primeira quando lembrou da ocasião em que foi preso, em 8 de setembro do ano passado, pela Operação Tesouro Perdido. A 2ª quando recordou de seu pai, Afrísio Vieira Lima.
Ele negou que os telefonemas feitos a Raquel Pitta, mulher de Funaro, tinham como objetivo pressionar pelo silêncio de Funaro, que negociava delação premiada com MPF.
” (…) eram ligações absolutamente humanitárias, que ela agradecia. Eram ligações do tipo ‘isso passa, as coisas passam’. Esses telefonemas amigáveis devem ter feito bem à senhora Raquel Pitta. Digo isso porque vejo hoje que amigos, pessoas, de longa data me lançaram em um vale dos leprosos”, afirmou Geddel.
Por orientação da defesa, o ex-ministro não respondeu a perguntas do MPF. Provocado, Geddel apenas fez uma ratificação do número de vezes em que disse ter ligado a Raquel Pitta. Em audiência de custódia, havia dito que havia telefonado de 10 a 20 vezes. Hoje, afirmou não se recordar do número exato.
Ao final do interrogatório, o juiz Vallisney abriu espaço para as partes (MPF e defesa) apresentarem suas alegações finais. Mas a procuradoria pediu prazo para enviar o documento por escrito, o que será feito até 6ª feira (9.fev.2018). A sentença deve sair em 15 dias.
É ministro, Geddel é íntegro e os 51 milhões encontrados no apartamento, são fruto de muito trabalho, conquistado com o suor do rosto de Geddel. Essa foi ótima! Conte a próxima piada.