CBPM questionou prorrogação de outorga da FCA durante audiência pública
A pergunta que precisa ser respondida é: o que a VLI deixou de fazer pelo desenvolvimento e o que ela pretende fazer para compensar todos esses anos. No caso da Bahia, no porto de aratu, onde a VLI não só tirou os trilhos como também os dormentes”. Esta foi uma das cobranças feitas pelo presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, durante audiência pública sobre a prorrogação do contrato da Concessionária Ferrovia Centro-Atlântica S/A (FCA) por 30 anos.
A consulta promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aconteceu entre os dias 3 e 4 de fevereiro. Tramm propôs que a ANTT viabilize um estudo técnico sobre o fracionamento da linha entre mais concessionários, prorrogue o prazo para discussão da concessão e realize nova audiência pública na Bahia sobre o assunto.
Um recorte da fala de Tramm na audiência está disponível neste link.
“Já que em todos esses anos de vigência do contrato não foram tomadas providencias para melhorar a malha, por que não se estuda o desmembramento desta rede oferecida para que se façam duas ou três concorrências separadas? Quanto exportávamos antes e quanto hoje? Nosso agronegócio hoje traz 20 milhões de toneladas pela rodovia até o porto de aratu. A VLI se queixa de não ter carga e eu me queixo de não ter trem para colocar carga”, disse o presidente da CBPM.
A Ferrovia Centro-Atlântica S.A. obteve a concessão da Malha Centro-Leste em leilão ocorrido no ano de 1996. Hoje a empresa é controlada pela VLI Multimodal S.A. A proposta atual de que o valor oriundo da outorga antecipada por mais 30 anos seja usado na construção de trechos da EF-118, entre o Rio de Janeiro e Vitória.