Bahia

Empresários investigados repassaram R$ 2 bi entre contas, diz polícia

As investigações que deram origem à Operação Grande Família, deflagrada nesta quarta-feira (16), começaram após a polícia registrar repasses de mais de R$ 2 bilhões, entre as contas bancárias dos investigados. Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Salvador e Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano.

As movimentações bancárias foram acompanhadas entre 2012 e 2019. Na capital, as equipes das secretarias estaduais de Segurança Pública (SSP-BA) e Fazenda (Sefaz), junto com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), apreenderam aparelhos eletrônicos, documentos e joias.

Foram bloqueados R$ 21milhões em contas bancárias dos investigados e sequestrados imóveis e carros, por determinação judicial. A SSP-BA detalhou ainda que os responsáveis pelas empresas são investigados por crimes contra o fisco estadual cometidos desde o ano de 2010.

Segundo a polícia, o padrão financeiro apresentado pelo grupo não condiz com o que foi declarado oficialmente. Os mandados de busca foram cumpridos em residências dos investigados, lojas e em um escritório de advocacia.

Os investigados na Operação Grande Família são empresários, de uma mesma família, do ramo atacadista de alimentos. As identidades dos investigados, bem como o nome da empresa, não foram divulgados pela SSP-BA.

Operação Grande Família

De acordo com a polícia, o grupo causou prejuízo de R$ 50 milhões aos cofres públicos. A polícia detalhou que o golpe era praticado com fraude de documentos fiscais, para diminuir ou isentar o valor devido.

Segundo informações da Sefaz), as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Gaesf) levantou indícios da prática de lavagem de dinheiro, uma vez que foi verificada a constituição de novas empresas, entre elas holdings patrimoniais, em nome de familiares e pessoas próximas aos empresários.

Em 2017, 15 notícias crimes foram registradas no MP-BA contra o grupo, que não teve identidade divulgada. A investigação do caso começou em 2018, pela Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, da SSP-BA.

Dez dos mandados foram cumpridos em áreas nobres da capital, como Caminho das Árvores, Cidade Jardim, Barra, Corredor da Vitória, Horto Florestal e Alto do Itaigara.

A operação contou com apoio das equipes da Delegacia dos Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), do Centro de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar, da Sefaz e do MP-BA.

Fonte:a tribuna bahia

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