Bahia fortalece compromisso e avança na preservação da biodiversidade na COP-16 na Colômbia
Com 74% das ações concluídas, a Bahia reafirmou seu compromisso com a preservação ambiental durante a Conferência das Nações Unidas sobre a Biodiversidade, (COP-16), realizada em Cali, Colômbia. O estado destacou o sucesso do Plano de Ação Territorial (PAT) Chapada Diamantina-Serra da Jiboia, uma estratégia do programa federal Pró-Espécies, que visa a proteção de espécies criticamente ameaçadas em território baiano.
André Ferraro, chefe de gabinete da Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema), afirmou que os avanços do PAT representam um modelo de gestão integrada e colaborativa entre governo, instituições científicas e sociedade civil. “A Bahia está se consolidando como um exemplo de políticas para a proteção da biodiversidade, inspirando outras regiões a adotarem estratégias que promovem resultados reais,” destacou Ferraro, que também esteve em Cali, representando o Governo da Bahia.
Representando o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Sara, especialista ambiental, compartilhou as conquistas da Bahia em um painel promovido pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). “É importante compartilhar os passos que estamos dando para proteger o patrimônio natural do estado, inspirando outras regiões com políticas públicas sólidas e avanços significativos para a biodiversidade,” afirmou.
Sara também ressaltou os programas estruturantes do Governo do Estado que complementam as ações do PAT, como o Bahia Mais Verde e o Bahia Sem Fogo. Lançado em 2023, o Bahia Mais Verde apresenta oito eixos de atuação voltados para a conservação ambiental e a inclusão social. Já o Bahia Sem Fogo, em vigor desde 2010, tem se fortalecido na prevenção e combate a incêndios florestais por meio de iniciativas que oferecem treinamentos e medidas preventivas nas comunidades.
Avanços do PAT
Entre as iniciativas do PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia, destaca-se o Mapeamento Estratégico para Conservação e Restauração, uma ferramenta fundamental que orienta ações prioritárias para promover a conectividade ecológica na região. As Expedições Científicas também foram destacadas, resultando na coleta de cerca de 2.000 espécime, incluindo novas descobertas científicas.
“É gratificante ver os resultados positivos das ações implementadas. O PAT é um verdadeiro modelo de gestão que não só preserva a biodiversidade, mas também envolve a comunidade local em suas iniciativas,” afirmou Sara, durante sua apresentação na COP-16. O PAT abrange quase 4 milhões de hectares e atua na preservação de 27 espécies em perigo crítico e outras 339 ameaçadas.
O PAT promoveu ainda na região, atividades para fortalecer o turismo de base comunitária em áreas afetadas, como no município de Itaetê, onde foram realizadas oficinas de culinária sustentável e está sendo implantada uma cozinha comunitária. “Essas iniciativas geram autonomia financeira e ampliam as oportunidades de renda para as comunidades locais, com um foco especial na inclusão de gênero, permitindo que mulheres participem ativamente dessas atividades e da conservação da sociobiodiversidade”, finalizou Sara.