O Tricolor, que tanto lutou para voltar à competição, que por três rodadas esteve tão perto da classificação em um grupo para muitos visto como “o da morte”, caiu mais uma vez pelos próprios erros. E com requintes de crueldade, já que mal conseguiu saborear o gol de Jean Lucas, ao ver Vitinho anotar o empate alguns minutos depois e Borré dar números finais ao 2 a 1 no Beira-Rio.
Ficou clara a falta de experiência do Tricolor para gerenciar a vantagem no placar durante a primeira fase. O Bahia também saiu na frente em jogos cruciais contra Inter e Nacional, mas sofreu a virada em dois deles e em outro acabou sofrendo um empate amargo jogando em casa. E tudo isso cobrou o seu preço na última quarta-feira.
O apito final mostrou o Bahia com 65% de posse de bola e 88% de precisão nos 577 passes trocados no Beira-Rio. O time tricolor não abriu mão de seu estilo mesmo quando se viu na beira do precipício. Por um lado, um mérito para quem acredita que essa é a identidade que vai colocar o Tricolor no caminho das grandes conquistas. Por outro, uma estratégia que não foi suficiente para seguir vivo na Libertadores.
O Bahia teve mais posse de bola em cinco dos seis jogos da fase de grupos, só venceu dois e foi o time que menos marcou gols. Números que comprovam a falta de eficiência do time nos dois lados do campo.
O Bahia cai, portanto, na Libertadores com três derrotas nos últimos três jogos disputados. Para quem somou sete pontos nas primeiras partidas (e poderia ter nove não fosse um empate amargo para o Inter), fica a justa frustração pela queda de produção no final da campanha. Por outro lado, o desempenho em um grupo com três equipes com larga experiência na competição não pode ser desprezado.
Fica a frustração, mas a sensação de que o time não fez feio. Longe disso. O desafio agora é saciar o desejo do torcedor tricolor que, sem dúvida, vai querer repetir a dose de Libertadores.
