Arquidiocese de Salvador divulga orientações pastorais para a Semana Santa 2021
Em mensagem ao clero da Arquidiocese de Salvador, o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, divulgou as orientações pastorais para a Semana Santa 2021. O texto oferece indicações para a vivência deste tempo, com os devidos cuidados para a não disseminação do novo coronavírus. Confira:
DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR
“Neste dia a Igreja recorda a entrada do Cristo em Jerusalém
para realizar o seu mistério pascal”
(Missal Romano, pg. 220).
1- Neste sentido, o Memorial da Entrada do Senhor em Jerusalém seja comemorado dentro do edifício sagrado, sem bênção, nem procissão de ramos.
2- Na Matriz de cada paróquia ou em outros lugares seja usada a terceira-forma ou entrada simples (Missal Romano, pg. 229).
3- Na Catedral Basílica, conforme o Decreto da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos será adotada a segunda forma prevista pelo Missal Romano.
4- A coleta para a Campanha da Fraternidade acontecerá neste dia 28 de março de 2021, Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.
60% da coleta ficarão à disposição do Fundo Diocesano da Solidariedade.
40% da coleta são destinados para o Fundo Nacional de Solidariedade, através das Cúrias Diocesanas.
5- Considerando que a terceira-forma ou entrada simples não prevê nem a bênção nem a procissão, os párocos e administradores paróquias poderiam sugerir aos fiéis que em suas casas assistam a celebração com os ramos nas mãos e que depois os mesmos ramos sejam colocados nas janelas ou portas de suas casas.
MISSA DO CRISMA E DA
RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS SACERDOTAIS
“Esta Missa, que o Bispo celebra com o seu presbitério, seja como um sinal de comunhão dos presbíteros com o seu Bispo”.
(Missal Romano, pg. 235).
1- A Missa do Crisma, com a benção dos Santos Óleos, a consagração do óleo do Crisma e a renovação das promessas sacerdotais, na Arquidiocese de São Salvador da Bahia, será dia 15 de maio de 2021, às 9 h, na Catedral Basílica de São Salvador.
MISSA VESPERTINA DA CEIA DO SENHOR
“Nesta Missa, que se celebra na tarde da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao sagrado Tríduo pascal e propõe-se comemorar aquela última ceia na qual o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tendo amado até ao fim os seus que estavam no mundo, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho, e os entregou aos Apóstolos para que os tomassem, e lhes mandou, a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que os oferecessem também”.
(Cerimonial dos Bispos, n. 297).
1- Neste dia, os padres recebem excepcionalmente a faculdade de celebrar a Missa, sem a participação popular, na igreja Matriz. Isto se dá porque o Missal Romano orienta: “Segundo antiga tradição da Igreja, proíbe-se neste dia qualquer Missa sem povo” (Missal Romano, pg. 247).
2- O Lava-Pés, já opcional, é omitido.
3- No final da Missa na Ceia do Senhor, a procissão também é omitida e o Santíssimo Sacramento é mantido no tabernáculo (sacrário). Após a reposição do Santíssimo Sacramento no sacrário, feita pelo diácono ou pelo próprio sacerdote, o mesmo poderia permanecer por algum tempo em adoração. Nesse caso não se usa o ostensório. A pessoa responsável pelo canto poderia entoar o canto “Tão Sublime Sacramento”. Todos se retiram em silêncio.
4- O altar é desnudado. Pode-se conservar o costume de cobrir as cruzes e imagens da igreja a não ser que já tenham sido veladas no sábado antes do V domingo da Quarema (cf. Carta Circular Paschalis Sollemnitatis, sobre a Preparação e Celebração das Festas Pascais, n. 57). As cruzes permanecerão veladas até o fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-feira Santa. As imagens, até o início da Vigília pascal.
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR
“Neste dia, em que ‘Cristo nossa Páscoa foi imolado’, torna-se clara realidade o que desde há muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha verdadeira substitui a ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício realiza-se plenamente o que a variedade das antigas vítimas significava”.
(Cerimonial dos Bispos, n, 312)
1- Considerando a rubrica n. 12 do Missal Romano (pg. 255) e o momento em que vivemos no mundo inteiro, a Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB propõe uma oração específica pelos que padecem a pandemia do Covid-19. Seguem as orientações:
Obs.: Essa intenção deve ser incluída antes da décima, tornando-se, deste modo, a penúltima, pois a última rezará “Por todos os que sofrem provações”:
- Pelos poderes públicos …
- Pelos que padecem a pandemia do Covid-19
Oremos ao Deus da vida, salvação do seu povo, para que sejam consolados os que sofrem com a doença e a morte, provocadas pela pandemia do novo coronavírus; fortalecidos os que heroicamente têm cuidado dos enfermos; e inspirados os que se dedicam à pesquisa de uma vacina eficaz.
Reza-se em silêncio.
1. Depois o sacerdote diz: Ó Deus, nosso refúgio nas dificuldades, força na fraqueza e consolo nas lágrimas, compadecei-vos do vosso povo que padece sob a pandemia, para que encontre finalmente alívio na vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
2- Terminada a oração universal, faz-se a solene adoração da santa Cruz. Propõe-se a Primeira forma por razões pastorais.
3- Apresentação da Santa Cruz
A Cruz velada é levada ao altar, acompanhada por dois ministros com velas acessas. O sacerdote, de pé diante do altar, recebe a Cruz. Os ministros que levam as velas nos castiçais se posicionam afastados do sacerdote pelo menos a um metro e meio de distância. O rito de prossegue conforme o Missal Romano (pg. 260).
4- Adoração da Santa Cruz
Depois do desvelamento da Cruz o sacerdote a entrega ao diácono ou a outro ministro. Em seguida, o ato de adoração na Cruz através do beijo é limitado apenas ao celebrante.
Durante a adoração feita unicamente pelo celebrante canta-se a antífona Adoramos, Senhor, vosso madeiro, os Lamentos do Senhor, ou outro canto apropriado.
5- Os párocos ou administradores paroquiais, através dos meios de comunicação ou redes sociais, avisem com antecedência aos fiéis para providenciar um crucifixo ou uma Cruz, a fim de que no momento da adoração da Cruz, cada família também faça a adoração da Santa Cruz na própria casa.
6- A coleta para os Lugares Santos será realizada neste dia 02 de abril de 2021 e entregue integralmente à Cúria Arquidiocesana, que fará o repasse à Nunciatura Apostólica.
VIGÍLIA PASCAL
“Segundo antiquíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em honra do Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que Cristo ressuscitou, deve considerar-se ‘a mãe de todas as santas Vigílias’. Pois, nela, a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e celebra-a com os sacramentos da Iniciação cristã”.
(Cerimonial dos Bispos, n. 332)
1- Conforme o Decreto da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos com data de 25 de março de 2020: “Para o “Início da vigília ou Lucernário” omite-se o acender do fogo, acende-se o círio e, omitindo a procissão, segue-se o precônio pascal (Exsultet). Portanto, na Noite do Sábado Santo não acontecerá a Celebração da Luz ou Primeira Parte da Vigília fora da igreja.
2- O Círio Pascal será preparado com antecedência e colocado no candelabro antes do início da celebração no centro do presbitério ou junto ao ambão.
3- No início da Vigília Pascal (Celebração da Luz), “omite-se o acender do fogo; acende-se o círio e, omitindo a procissão, segue-se o precônio pascal (Exsultet)”.
4- De acordo com as rubricas do Missal Romano, por razões pastorais, pode-se diminuir o número de leituras. Mas devem-se ler ao menos três do Antigo Testamento ou, em casos mais urgentes, duas antes da Epístola e do Evangelho. A leitura do Êxodo, cap. 14,15 – 15,1 nunca pode ser omitida.
5- Na Liturgia Batismal não serão celebrados batismos; permanecerá apenas a renovação das promessas batismais.
6- Os párocos e administradores paróquias poderiam sugerir aos fiéis que providenciassem, com antecedência, uma vela que seria acessa no momento da Renovação das Promessas Batismais.
7- A Liturgia Eucarística seja realizada, como de costume, conforme o Missal Romano.
DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR
“A Missa do dia da Páscoa deve ser celebrada com grande solenidade”.
(Carta Circular Paschalis Sollemnitatis, sobre a Preparação e Celebração das Festas Pascais, n. 97)
Celebre-se conforme as rubricas do Missal Romano, observando-se as orientações de cada município e também da nossa Arquidiocese, por causa da situação em que o nosso país está vivendo.
Fonte: Arquidiocese de São Salvador