Após prisão de Luiz Argôlo, família retorna com eleição de Manoelito Jr. em Entre Rios
Prefeito eleito de Entre Rios, no Litoral Norte e Agreste Baiano, Manoelito Argolo Júnior (Solidariedade) deverá governar o município pelos próximos quatro anos a partir de janeiro de 2021. Nas urnas ele derrotou com folga outros cinco candidatos. Com a diferença de 2.950 votos para o segundo colocado, Elízio Simões (PT), Manoelito retorna à gestão pública após já ter sido prefeito entre 2004 e 2008 na cidade de Cardeal da Silva. Mas a curiosidade do episódio não envolve o futuro gestor. A eleição dele é o retorno da família Argôlo à cena política.
Filho de Manoelito Argôlo, que já foi prefeito em Entre Rios na primeira década dos anos 2000, Júnior vem de uma família histórica na política do interior do estado. Os Argôlo deixaram de protagonizar campanhas em 2015, quando um dos filhos de Manoelito, Luiz Argôlo, então deputado federal da Bahia pelo Progressista, foi preso pela Operação Lava Jato.
Incentivado pelo capital político herdado do pai, Manoelito Argolo Jr. começou cedo na política. Foi eleito para o cargo de vereador em Entre Rios em 2000, aos 23 anos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2004 foi eleito prefeito na cidade de Cardeal da Silva, também no Litoral Norte e Agreste Baiano. Em 2012 concorreu ao cargo de prefeito na cidade de Entre Rios, mas não levou a eleição. Em 2014, ficou na suplência da Assembleia Legislativa da Bahia.
Já Luiz Argôlo, antes de ser preso pela Lava Jato, já havia sido eleito vereador de Entre Rios para o mandato de 2001 a 2004. Conhecido como “Bebê Johnson” no episódio da Lava Jato, ele também atuou na gestão pública como prefeito interino do município, de fevereiro a março de 2002. Luiz foi ainda deputado estadual até 2010, quando migrou para a Câmara dos Deputados até 2014, quando fracassou na tentativa de reeleição pelo PP.
O ex-deputado foi condenado a 12 anos e oito meses de prisão em regime fechado. Ano passado, o irmão do novo prefeito de Entre Rios conseguiu a liberdade condicional mediante parcelamento da multa estipulada na pena. Após o acordo, ficou estabelecido que a multa de cerca de R$ 2 milhões seria parcelada em 105 vezes num valor aproximado de R$ 19 mil por mês durante oito anos.
Fonte:bahia noticias