Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado, lança campanha de combate ao racismo no futebol em parceria com o Vitória
Parte das ações que integram o Novembro Negro, o Governo do Estado lançou, neste sábado (2), uma ação de combate ao racismo nos estádios e valorização do povo negro no futebol. A ação foi firmada pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi) em parceria com o Esporte Clube Vitória e apresentada à torcida rubro-negra pouco antes do jogo contra o Figueirense no Estádio Manoel Barradas, em Salvador.
Antes de a bola rolar, atletas do Vitória deram uma volta olímpica no gramado carregando uma faixa com o tema da campanha do Novembro Negro: ‘Todas as vozes contra o racismo, todas as leis contra os racistas’. A mesma frase também foi apresentada em destaque na camisa dos jogadores e continuará presente durante os jogos do time neste ano, inclusive fora de Salvador.
“Estamos conclamando todas as pessoas de nossa sociedade para lutar contra o racismo. O futebol, uma das maiores paixões nacionais, é uma importante ferramenta para alcançar as pessoas. Estamos firmando essas parcerias com o Vitória e vamos seguir dialogando com todas as torcidas do Estado da Bahia. Nosso objetivo é trabalhar juntos para levar nossa campanha aos estádios do Brasil”, afirmou a secretária da Sepromi, Fabya Reis.
Para o presidente do Vitória, Paulo Carneiro, a campanha é importante para o desenvolvimento da ética no esporte. “O vitória é o quinto clube mais antigo do país, tendo sido fundado dez anos após a abolição da escravatura. Temos uma história de desenvolvimento e crescimento em prol de uma comunidade ética e socialmente justa. Combater o racismo deve ser uma luta de todos os dias e de todos nós. É essa sociedade mais justa e igualitária que queremos ter”.
A torcida abraçou a causa. Para o professor Carlos Conceição, ação ganha ainda mais força ao se associar com um time de futebol. “É um gol de placa do Vitória, a ação mais importante que o time realizou esse ano. É o momento de todos combatermos o racismo, não é só papel do Estado, é dever de todas as pessoas, todas as instituições. O esporte envolve tanta paixão e a melhor forma de canalizar esse sentimento intenso é para ações sociais que vão ter um impacto perene na nossa sociedade”.