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CCZ reforça Plano Verão e alerta sobre cuidados contra o mosquito da dengue

Os dias ensolarados na capital baiana, com temperaturas acima da média, provocando calor e pancadas de chuva, são bem favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Por conta dos fatores climáticos propícios, grande fluxo de turistas e a frequência de festas populares, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), pertencente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), tem reforçado o Plano Verão, ampliando o calendário de atividades de prevenção e controle.

Durante toda a semana, foram realizadas ações em condomínios nos bairros de Amaralina, Caminho das Árvores, Itaigara, Pituba e Rio Vermelho, localidades que tiveram Índice de Infestação Predial (IIP) de 5,3%, percentual considerado elevado segundo o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de outubro de 2018. Com o crescimento do número de turistas em Salvador, as equipes do CCZ fazem vistorias em diversos pontos da cidade, a exemplo de hotéis, trajetos de eventos populares, parques, pontos turísticos, hotéis e rodoviária.

De acordo com a gerente do CCZ, Andréa Salvador, as atividades do centro se intensificam nesse período para proteger e alertar turistas e baianos sobre os cuidados necessários para combater o Aedes. “O CCZ vem executando o Plano Verão com a realização de inspeções zoossanitárias vetoriais pelos agentes de combate às endemias em áreas estratégicas como pontos turísticos, portos, aeroportos, estações de transbordo, além dos locais onde estão sendo realizadas festas populares de largo”, explica. Já foram realizadas inspeções e ações educativas nas estações do Metrô, Rodoviária, hotéis com grande circulação de turistas e também na Lavagem do Bonfim.

Em 2018, os agentes de endemia visitaram mais de 1 milhão de imóveis em todos os bairros da cidade. Além disso, recolheram mais de 200 toneladas de entulho e material inservível. Diariamente, os grupos de agentes do CCZ visitam domicílios na capital baiana e convocam os moradores a se tornarem “agentes sanitários” de suas próprias residências, promovendo atividades de mobilização social durante todo o Verão.

Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), em 2018 foram notificados 1.790 casos de dengue, 134 casos de chikungunya e 120 casos de zika. Destes, foram confirmados 53 casos de dengue, 18 casos de chikungunya e 28 casos de zika. Em 2019, do dia 1 a 23 de janeiro, foram notificados pelo SINAN 84 casos de dengue, 13 casos de chikungunya e 2 casos de zika. Destes, foram confirmados dois casos de dengue, um caso de chikungunya e nenhum de zika.

Redução – Pela segunda vez consecutiva, o LIRAa apresentou redução da infestação do mosquito em Salvador. O último cálculo do Índice de Infestação Predial (IIP) da cidade apresentou redução de 2,6% (julho/2018) para 2,1% em outubro de 2018. Ou seja, a cada 100 imóveis visitados, pouco mais de dois deles apresentaram focos do vetor. Apesar da diminuição do indicador, Salvador permanece em estado de alerta para ocorrência de uma epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya.

Os maiores índices foram encontrados nos bairros de Amaralina, Caminho das Árvores, Itaigara, Pituba, Rio Vermelho, com média de 5,3%. Já os menores ficam na região de Brotas: os bairros de Cosme de Farias e Luiz Anselmo apresentaram 0,4%. De acordo com o levantamento, os depósitos preferenciais estão dentro dos domicílios ao nível do solo como vasos e pratos de plantas e bebedouros de animais. “No período do verão, as elevadas temperaturas e as frequentes pancadas de chuva são fatores propícios à proliferação do vetor Aedes aegypti. Portanto, todo cidadão deve estar atento e colaborar com a eliminação de depósitos com potencial para acumular água da chuva contribuindo na prevenção e controle do vetor”, alerta a gerente do CCZ.

Dicas básicas para manter o mosquito afastado:

1. Deixe tudo tampado (ventos tiram as tampas das caixas d’águas do lugar);
2. Lembre-se de colocar areia nos vasos;
3. Verifique o quintal e tenha atenção com o lixo;
4. Retire a água dos pneus velhos;
5. Deixe latas e garrafas bem guardadas;
6. Cuide das piscinas, caixas d’águas;
7. Utilize telas de proteção;
8. Coloque desinfetante nos ralos;
9. Atenção com potes de água dos animais e aquários;
10. Use repelentes e inseticidas.

Fotos: Bruno Concha/Secom

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