Bahia

Inema apresenta proposta de viveiros florestais a lideranças indígenas Pataxó e Tupinambá

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) apresentou nesta terça-feira (29), em Salvador, uma proposta de projeto para implantação e gestão de viveiros de mudas florestais em comunidades indígenas do extremo sul da Bahia. A iniciativa foi apresentada às lideranças da Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá (Finpat), durante reunião com o secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins, e a diretora-geral do Inema, Maria Amélia Lins.

O projeto será submetido ao Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (FERFA) e encontra-se em fase de construção participativa. Antes do lançamento do edital, será validado pelas comunidades Pataxó e Tupinambá, que poderão contribuir com sugestões e ajustes.

A proposta prevê a implantação de três viveiros: um comunitário nas aldeias Taquari I e II; um viveiro de grande porte para produção e escoamento de mudas, na Aldeia Barra Velha; e um viveiro escola, voltado à formação de multiplicadores que atuarão na cadeia de restauração ambiental, na Aldeia Pataxó, em Coroa Vermelha.

Segundo a coordenadora de Gestão da Biodiversidade do Inema, Mara Angélica dos Santos, o projeto foi construído com base em escutas e visitas técnicas realizadas nas comunidades indígenas da região.

“Apresentamos uma primeira versão para apreciação, com a expectativa de receber contribuições que possam aprimorar o projeto. Se necessário, retornaremos às comunidades para aprofundar o diálogo. A partir desse processo participativo, poderemos lançar o edital e iniciar as ações nos territórios contemplados”, afirmou.

Responsáveis por apresentar a proposta às lideranças indígenas, as técnicas Thamires Cunha e Laís Ramos atuaram como elo entre o Inema e as comunidades, acompanhando desde as visitas de campo até a formulação da proposta. A atuação da equipe foi essencial para o desenvolvimento de uma abordagem prática, que inclui, além da infraestrutura, oficinas de produção de mudas para 25 participantes indicados pelas comunidades.

Além disso, está prevista uma oficina de empreendedorismo e gestão de viveiros, com a participação de três representantes de cada território. A instituição selecionada por meio do edital também será responsável por promover uma reunião de intercâmbio entre os territórios indígenas da região, visando incentivar a troca de saberes e sementes, fortalecendo a gestão integrada entre as comunidades.

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