Bahia

Veracel Celulose e o avanço das florestas plantadas no país

A Veracel utiliza o conceito de plantio em mosaico, que possibilita uma paisagem equilibrada de plantios comerciais de eucalipto entremeados com porções de vegetação nativa. Esse modelo garante a proteção do solo, a oferta e a qualidade de água, a conservação da biodiversidade e a captação de gás carbônico (CO²).

A presença da mata nativa contribui para o controle biológico e natural de pragas, que podem afetar a produtividade da floresta plantada, enquanto esta permite o trânsito da fauna. Dessa maneira, a paisagem e o equilíbrio local são mantidos, promovendo uma troca de fluxo gênico da fauna e da flora e a manutenção da vida de várias espécies.

A Veracel atua em 11 municípios no sul da Bahia, possui uma área total de 223.776 hectares, sendo 87.962 hectares de plantios comerciais de eucalipto, 101.347 hectares de área de preservação permanente e 21.901 hectares de plantio para o Programa Produtor Florestal (PPF) – uma parceria com proprietários rurais da região para plantio de eucalipto para suprimento de madeira da fábrica – perfazendo cerca de um hectare de área coberta com vegetação nativa para cada hectare plantado com eucalipto.

“Esse modelo de silvicultura é uma das opções mais eficientes para que a empresa possa, de maneira responsável, restaurar e ampliar a conexão de fragmentos florestais naturais na sua área de atuação”, afirma Renato Carneiro Filho, diretor de Sustentabilidade e Relações Corporativas da Veracel Celulose.

O executivo ressalta que, nos últimos 20 anos, a Veracel já restaurou mais de 6.500 hectares com espécies nativas, que conectaram mais de 65.000 ha de áreas naturais, em um planejamento de paisagem que leva em consideração todos os fragmentos de mata nativa existentes na região.

Certificações

A Veracel tem 100% de sua base florestal própria certificada pelo Forest Stewardship Council®️ (FSC®️) desde 2008 e possui a certificação do manejo sustentável de florestas – CERFLOR, endossado pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), desde 2005. Ambas as certificações garantem que a empresa produza celulose respeitando o meio ambiente, sendo socialmente justa e economicamente viável. Essa certificação reforça o compromisso da empresa com o equilíbrio entre as questões ambientais, econômicas e sociais.

Devido à conservação de 25 espécies de mamíferos de médio e grande porte, 229 espécies de aves e 242 espécies de flora, neste ano a Veracel recebeu também a Certificação de Serviços 

Ecossistêmicos da Conservação da Biodiversidade (FSC® C017612), criada pelo FSC® e avaliada no Brasil pelo Imaflora. Esse é um reconhecimento inédito no setor brasileiro de florestas plantadas.

A importância do diálogo com as comunidades no entorno

A empresa mantém ainda uma rede de relacionamento com diferentes stakeholders, que possibilita troca e compartilhamento de experiências com o objetivo de alcançar melhorias no território. A Veracel faz parte do Diálogo Florestal Nacional e, regionalmente, do Fórum Florestal da Bahia. Essas iniciativas independentes facilitam a interação entre representantes de empresas do setor de base florestal, organizações ambientalistas e sociedade civil, com o objetivo de construir visão e agendas comuns. São canais de diálogo pautados pelo respeito e pela construção de estratégias, acordos e parcerias.

“Atualmente, estamos discutindo, em conjunto com essas entidades, um modelo denominado Diálogo do Uso do Solo. Esse projeto prevê ampliar a relação para todos os setores presentes no território”, revela Carneiro Filho.

Um exemplo interessante desse diálogo é a criação de um corredor ecológico para conectar o Parque Nacional do Pau Brasil, unidade de conservação federal, com 19.027 mil hectares, à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estação Veracel, com 6.069 hectares.

O trecho que atualmente separa as duas unidades de conservação possui cerca de 500 hectares de área de terceiros, com agricultura e pecuária. Busca-se a parceria com os proprietários dessas áreas para estabelecer arranjos produtivos, consorciando as atividades econômicas com a conservação das áreas naturais – com atividades que podem ser inclusive sistemas agroflorestais – e fomentando assim o equilíbrio ambiental que permita a conectividade das duas unidades de conservação. A consequência disso será, também, uma paisagem mais harmônica.

Fonte:A Gazeta Bahia

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