Política

Semana nacional de Ciência e Tecnologia é celebrada com sessão especial na ALBA

Pesquisadores, autoridades estaduais, professores, dirigentes de órgãos governamentais e de instituições de ensino celebraram, nesta quinta-feira (24), em sessão especial realizada na Assembleia Legislativa (ALBA), a 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, uma proposição do deputado Robinson Almeida (PT).
 
No seu discurso, o petista afirmou que a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia se transformou num momento de celebração e também de resistência a uma tentativa de desmonte do Governo Federal, “que reduziu drasticamente as verbas para o setor, tanto nas universidades quanto nos centros de pesquisas, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)”.
 
“Nenhuma nação consegue se desenvolver, incluindo socioeconomicamente seu povo, sem investimentos na área de Ciência e Tecnologia”, declarou Robinson, apontando a retomada dos investimentos e a recuperação do setor como os grandes desafios da SNCT, cujo tema escolhido para a edição 2019 foi “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”. 
 
A secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Adélia Pinheiro, participou da reunião na Casa Legislativa, destacando que a semana foi criada em 2004, pelo então presidente Lula, como forma de aproximar a sociedade das entidades responsáveis pela produção do conhecimento. 
A ex-reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz ressaltou que este ano “a comemoração deu lugar à preocupação, em razão da retirada do financiamento federal para muitas das importantes ações que são garantidoras do futuro da Ciência e Tecnologia”. 
 
Para uma plateia atenta no Plenário Orlando Spínola, a secretária da Secti falou sobre as conferências regionais macroterritoriais de Ciência Tecnologia e Inovação que estão acontecendo em 11 diferentes cidades da Bahia. A gestora anunciou que nos dias 5 e 6 de dezembro já está marcada em Salvador a Conferência Estadual “para discutir quais as políticas públicas que nós queremos implantar para a área no Estado”.
O subsecretário estadual da Educação, Danilo Melo, também presente à sessão comemorativa, observou que “a educação científica é uma pauta importante da agenda na SEC”. Ele lembrou que a Bahia tem batido todos os recordes nas “Olimpíadas do Conhecimento”, com os alunos das escolas públicas conquistando dezenas de medalhas. 
 
MOBILIZAÇÃO
 
Até domingo (27), quando se encerra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, cerca de 5,2 mil atividades terão sido promovidas em 278 municípios brasileiros e no Distrito Federal. Mais de 170 instituições, ligadas aos governos federal, estaduais e municipais, escolas, centros de pesquisas e entidades da sociedade civil estão mobilizadas para o evento. 
 
Márcio Cardoso, diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia apresentou números que confirmam a importância da Fapesb nesses 18 anos de existência. São 260 editais lançados, R$ 620 milhões investidos em pesquisas científicas, 7.700 projetos de pesquisas contratados, 37 mil bolsas de estudo concedidas e mais de 265 empresas apoiadas na área de inovação.
 
O professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Olival Freire Jr., entende que “os pilares da Ciência e Tecnologia estão sob risco, pois há o enfraquecimento e ameaça de extinção dos órgãos de pesquisa”. 
 
O engenheiro Osvaldo da Paz, representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, cita a redução de 45% no orçamento atual da Embrapa como “um fator de atraso para a empresa que trabalha com o desenvolvimento da ciência e tecnologia no meio rural”.
 
Participaram da composição da mesa dos trabalhos Jailson Bittencourt, presidente da Academia de Ciências da Bahia; Ibirisol Fontes, analista da Rede do Ponto de Presença na Bahia; Jorge Costa Leite, diretor do Instituto Federal da Bahia (Ifba) ; José Augusto Tosato, coordenador da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR); Delmar Carvalho, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uesf); Rosana Lopes, pró-reitora de Graduação da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Marilda Gonçalves, diretora da Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz/Ba).
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