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ITAPETINGA: A FALTA DE ZELO COM O RECURSO PÚBLICO E A MUDANÇA DE DISCURSO.

Ontem, sábado dia 27, por volta das 9 da manhã, houve uma queda de energia elétrica em Itapetinga, que atingiu vários bairros, quando isto ocorre o abastecimento de água da cidade é comprometido pelo fato do SAAE (serviço autônomo de água e esgoto) não possuir um gerador de energia.

Este problema não é de hoje, porém o mais perturbador é que de acordo com os momentos administrativos os discursos mudam e nesta matéria vamos destacar vários pontos e aspectos com relação a esta falta de água que foi ocasionada em função da falta de energia elétrica.

FALTA DE LISURA

Em primeiro lugar, cito a falta de lisura do departamento de comunicação do SAAE, que a exemplo de Palmares deu várias versões contraditórias com relação ao longo período que o povoado ficou desabastecido de água. Com falsas afirmações com relação ao que de fato aconteceu, como também da solução do problema. Vale salientar que o povoado ficou desabastecido no período festivo, que incluíram natal e ano novo.

FALTA DE ÉTICA PROFISSIONAL COM RELAÇÃO A COELBA

O SAAE, através de comunicado veiculado em carro de som e por meio escrito, iniciou dizendo o seguinte:

“Informamos que mais uma vez a Coelba sem nem aviso prévio deixa sem energia elétrica a Estação de Captação de água”…

Ou seja, a direção do SAAE, desprovido de ética profissional tenta jogar sobre a COELBA a responsabilidade pelos problemas que a falta de energia geraria para a captação de água, que consequentemente afetaria o abastecimento a população, dando a entender que a COELBA desligou a energia da captação sem prévio aviso.

Ocorre que a falta de energia elétrica, não afetou somente a zona onde fica sedeado o sistema de captação de água do SAAE, mais bairros foram afetados com a queda de energia. Outra questão é que a nota do SAAE dá a entender que a COELBA teria feito isso de forma propositada. O que só seria possível caso a COELBA tivesse agendado esta intervenção por algum motivo específico. Porém existem casos que não estão sob domínio da prestadora de serviços, seja ela de LUZ ou de ÁGUA, e vou explicar o porque.

Quando uma ação é programada, existe a possibilidade de avisar a população de forma prévia, para que todos estejam precavidos, para tomar as precauções necessárias e se ajustar ao período em que o serviço será interrompido. Porém quando ocorre uma situação inesperada, você não tem a possibilidade de avisar previamente, pelo fato de não ser algo que pode ser previsto com antecedência, os casos mais comuns para este tipo de situação são fenômenos naturais ou então avaria de algum componente que comprometa o abastecimento.

No acontecimento de ontem, segundo informações obtidas por este blogueiro junto a COELBA, a situação de ontem NÃO FOI PROGRAMADA, portanto anula qualquer possibilidade de emissão de aviso prévio por parte da companhia de energia elétrica. De acordo com a informação que nos foi passada pelo atendente, uma árvore caiu sobre a fiação elétrica, ocasionando assim a queda de energia, sendo assim, foi necessário a intervenção da equipe plantonista de manutenção, para limpar o local, para em seguida, iniciar os reparos necessários no local e isto demanda tempo. Podemos comprovar nosso contato junto a COELBA, com o número de protocolo, como também por meio da gravação da ligação a qual temos em nosso poder.

Segundo fontes, que procuraram o diretor da autarquia para ter esclarecimentos, ele reafirmou a culpabilidade da COELBA e inteirou dizendo que iria acionar o ministério público para a tomada de providências contra a companhia elétrica. Me parece que nesse caso especificamente, vai ser difícil o diretor da autarquia, provar que ouve dolo por parte da COELBA, mas caso se pretenda avançar com a ideia, boa sorte!

Dentro disto, é necessário que a direção da autarquia reveja a relação para com os usuários do serviço, não omitindo a realidade dos fatos, como também do respeito e ética profissional necessários para manter boas relações com empresas que prestam serviço ao SAAE.

A MUDANÇA DE DISCURSO 

Outro aspecto que me chamou a atenção, foi a preocupação do vereador BOCA DE JACARÉ, que “sensibilizado” com o diretor do SAAE, resolveu publicar em seu blog a versão dada pela autarquia por meio de comunicado e acabou pagando um mico de mãos dadas com o diretor do SAAE.

Engraçado é que na gestão passada, toda vez que faltava água, BOCA DE JACARÉ, não poupava críticas em seu programa de rádio, descia a RIPA, porém desta vez o comportamento dele mudou radicalmente. Reproduziu a nota em seu blog e só não levou um representante do SAAE no programa, porque ainda não possui horário no sábado, mas levando em conta sua sede por ocupar toda grade de programação da rádio, deve ser somente questão de tempo.

Porque esta mudança de posição radical? Porque na época em que o prefeito era JCM ele chegava a RIPA e agora que o prefeito é RODRIGO HAGGE, ele simplesmente se coloca ao lado do SAAE e anteriormente só sabia bater?

FALTA DE ZELO COM O RECURSO PÚBLICO

O SAAE, construiu no povoado de Palmares um ELEFANTE BRANCO, UM POSTO DE ATENDIMENTOPosto este, que segundo a direção do SAAE irá atender os usuários dos serviços. Porém existem aspectos a serem considerados, que geram questionamentos.

  • O tratamento de água em Palmares é auto sustentável? É capaz de pagar produtos, manutenção e despesas com pessoal?
  • Existia a necessidade real da instalação de um posto de atendimento em Palmares? Considerando que os moradores do povoado costumam vir para Itapetinga na data dos seus respectivos pagamentos salariais e fazem suas feiras aqui em Itapetinga e consequentemente pagam na cidade seus talões de água e luz.
  • Foi realizado um estudo de viabilidade econômica para a instalação deste posto de atendimento em Palmares? Estudos que comprovem que existiria viabilidade para que este posto fosse instalado no povoado, sem gerar ônus a autarquia e consequentemente prejudicando a saúde financeira do SAAE?
  • Quanto custou a construção deste posto de atendimento? Quanto foi gasto entre material, mão de obra, instalação de equipamentos para permitir a realização do atendimento, como computador, impressora, material de papelaria, internet, telefone  e gasto com pessoal?
  • Quem? E como será realizado o transporte do suposto malote de dinheiro com os recursos oriundos dos pagamentos dos talões para Itapetinga? Qual será o custo envolvido neste processo?

Estes questionamentos devem ser feitos, pois não me parece que isto irá gerar ganho a Palmares e muito menos ao SAAE, que está na verdade jogando dinheiro na lata do lixo com a construção deste ELEFANTE BRANCO. Sendo assim porque a construção deste POSTO? Seria pelo fato deste posto levar uma placa de inauguração com o nome do prefeito e do diretor da autarquia? Seria uma obra eleitoreira prevendo o futuro que mora no ano de 2020?

O que de fato devemos considerar é que quando o ex-prefeito JOSÉ CARLOS MOURA, contemplou o povoado de Palmares com abastecimento de água, por mais que o povoado não tivesse sustentabilidade para se manter sem se utilizar dos recursos financeiros da sede em Itapetinga, era válida e legal, pois a  ação daria fim ao sofrimento e as dificuldades que isso gerava no cotidiano dos moradores do povoado, que não teriam mais que andar carregando latas e se deslocando ao local onde retiravam a água para consumo. Sendo assim, JCM não aplicou mal os recursos utilizados para criar em Palmares uma ETA (estação de tratamento de água), ao contrário do prefeito RODRIGO HAGGE, juntamente com o atual diretor do SAAE, ALEX DUTRA.

FALTA DE PLANEJAMENTO

Ao que tudo indica, esta ação foi mal planejada, estes recursos mal gastos, não poderiam ser usados na aquisição de um GERADOR DE ENERGIAColocando fim a esta situação que é gerada na Captação toda vez que falta energia elétrica?

Segundo uma pesquisa de nossa iniciativa, um gerador a diesel de 30 kva, seria suficiente para manter a captação funcionando em caso de falta de energia elétrica e tem custo médio de 25 mil reais. Diante disto eu pergunto? quanto foi gasto no POSTO DE ATENDIMENTO ELEFANTE BRANCO?

Onde estão os senhores vereadores para fiscalizarem onde estão sendo colocados os recursos públicos? Para agirem de acordo com o propósito pelo qual foram eleitos! Não se sintam ofendidos, quero apenas saber quais motivos tem levado os edis a não agirem como fiscalizadores das ações do executivo representando assim os eleitores Itapetinguenses.

 

 

 

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