Cultura

Domingo no TCA celebra 35 anos da Escola de Dança da Funceb

Ao longo de 35 anos, milhares de alunos já passaram pelas salas e corredores da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb). Para comemorar um momento tão significativo na formação artística em dança no estado, os alunos da instituição sobem ao palco da Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA). No dia 8 de dezembro, às 11h, o Domingo no TCA recebe o espetáculo: “35 anos da Escola de Dança da Funceb: uma escola que abraça o mundo!”. Os ingressos custam R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia), vendidos apenas no dia do evento, na bilheteria do TCA, a partir das 9h, com acesso imediato à plateia do teatro.

A programação do evento inclui a apresentação de três coreografias da instituição, que é integrada ao Centro de Formação em Artes (CFA). A obra “Aramimo”, assinada por Matheus Ambrozi, enaltece a força ancestral representada pelos arquétipos dos orixás, como uma das formas de potência do sujeito contemporânea frente às complexidades da vida. Nesse sentido, dançar “Aramimo” é falar de territórios sagrados. A coreografia apresenta movimentações inspiradas nas simbologias dos orixás, conteúdo presente no componente Dança Afro-brasileira do curso profissional da escola.

Em “Sabe de Nada Inocente”, com construção coreográfica de Robson Portela, há uma homenagem às festas de largo, quebradeiras, e às massas. Dos guetos e favelas dos subúrbios baianos às torres de som, o chamado “pagodão” atua como difusor das culturas periféricas, através da música e dança. Essa coreografia busca poesia na natureza pragmática, erótica e insurgente das culturas de massa. Os corpos em cena atuam como uma via expressa para enunciação social, lugar exposto e ambíguo, que problematiza tabus, preconceitos, discriminação, gênero e sexualidade.

Por fim, a coreografia “Andanças”, da Quadrilha Junina da Funceb, traz como metáfora a travessia, o deslocamento contínuo em busca do futuro, além dos movimentos migratórios que descentralizam a cultura nordestina. A performance, concebida por Márcio Fidélis, expressa as esperanças do povo que mesmo em cenários desfavoráveis, não desistiu de cultuar seus valores e crenças. A montagem celebra o lançamento Quadrilha Junina da Funceb, uma ação estratégica que objetiva demarcar o protagonismo artístico, cultural e político de manifestações populares no contemporâneo e, em especial, para o desenvolvimento dos processos formativos do CFA.

Domingo NO TCA
 
O Domingo no TCA é uma iniciativa do Teatro Castro Alves, Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), que se compromete em ampliar e diversificar o seu público frequentador, oferecendo-lhe acesso a espetáculos qualificados, das mais diversas linguagens artísticas. Desde 2007, com mais de 140 edições e cerca de 200 mil espectadores, o projeto engloba apresentações de música, teatro, dança, circo, cinema, de variados estilos e proposições estéticas, da Bahia, do Brasil e do mundo.
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