O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, nesta quarta-feira (5), que o Consórcio Metrosal devolva cerca de R$ 83 milhões aos cofres públicos por superfaturamento na construção da linha 1 do metrô de Salvador. Os desvios teriam sido feitos em contratos aditivos da obra entre 2000 e 2011.
O Consórcio Metrosal é formado pelas empresas Andrade Gutierrez Engenharia, Construções e Comércio Camargo Correa S/A e a Siemens AG.
Além das empresas, o ex-diretor-presidente da Companhia de Transportes de Salvador (CTS), Ivan Carlos Alves Barbosa, e Luiz Otávio Ziza Mota Valadares, então presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), também foram multados e terão que devolver a quantia por sobrepreços e superfaturamento cometidos na construção da primeira etapa do metrô.
Ivan Carlos Alves Barbosa aparece no acórdão publicado pelo TCU como representante da prefeitura da capital baiana durante a construção do modal. Ele e Luiz Valadares ficaram, de acordo com a decisão, impedidos de ocuparem cargo ou função de confiança na administração pública pelo período de 5 anos.
O TCU também solicitou o congelamento de bens de todos ao atestar que os envolvidos cometeram graves crimes. Além de devolver verba aos cofres, Ivan Carlos terá que pagar multa de R$ 1,5 milhão. Luiz Otávio Valadares foi multado também em R$ 1,5 milhão. A Siemens AG terá que arcar com multa de R$ 3 milhões, enquanto as outras empresas do consórcio foram oneradas em R$ 8 milhões.
Com informações do Bahianoticias