COVID 19

Cientistas estudam se vacina tríplice viral pode evitar agravo de Covid-19

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, pode prevenir também a infecção pelo novo coronavírus, dizem cientistas citados pelo jornal britânico “The Sun”. Especialistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, afirmam que a imunização – administrada normalmente no Brasil aos bebês com 12 meses de idade, com a segunda dose aos 15 meses – pode ser a razão pela qual as crianças não são tão severamente afetadas pela Covid-19.

Segundo explica a publicação, os pesquisadores descobriram que as principais proteínas dos vírus de sarampo, caxumba e rubéola têm uma similaridade inesperada com certas proteínas do coronavírus.

Mas o estudo, que ainda não foi revisado por outros cientistas, diz que administrar a tríplice viral a grupos etários de risco ainda precisa de considerações adicionais para ser considerada uma intervenção segura e apropriada. Os especialistas reiteraram que são necessárias pesquisas detalhadas em grandes populações humanas para determinar se a vacina pode reduzir a gravidade da Covid-19.

Cientistas de diversas instituições científicas dos Estados Unidos estão invertigando se a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola), também conhecida como MMR, pode atenuar os sintomas graves da Covid-19. Segundo a equipe de pesquisadores, há evidências de que algumas vacinas fornecem proteção contra outras infecções além daquelas para as quais foram desenvolvidas — e esse pode ser o caso da tríplice viral. 

No artigo publicado no periódico mBio, jornal da Sociedade Americana de Microbiologia, os especialistas afirmam que vacinas produzidas com microrganismos vivos atenuados induzem um efeito chamado “imunidade inata treinada”, que ativa os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do nosso organismo, para funcionarem de maneira mais ampla contra infecções.

“Um estudo clínico com a tríplice viral em populações de alto risco pode fornecer uma medida preventiva e a recompensa de salvar vidas durante a pandemia” disse, em nota, Paul Fidel Jr, pesquisador da Universidade Estadual da Louisiana. “Enquanto estamos realizando os ensaios clínicos, acho que ninguém será prejudicado por tomar uma vacina que proteja contra sarampo, caxumba e rubéola e com potencial adicional de ajudar contra o Sars-CoV-2”.

Alguns relatos recentes dão suporte à hipótese dos pesquisadores: sintomas leves foram observados em 955 militares da Marinha dos EUA que testaram positivo para Covid-19 e, segundo os estudiosos, isso pode ser consequência do fato de que a vacina MMR é obrigatória para os recrutas da Marinha norte-americana. Além disso, dados epidemiológicos sugerem uma correlação entre pessoas em localizações geográficas que rotineiramente recebem essa vacina e baixas taxas de mortalidade pela doença.

Também é preciso considerar que o novo coronavírus não teve um grande impacto nas crianças, e os pesquisadores levantam a hipótese de que uma das razões pode ser a proteção contra infecções induzida pela vacina tríplice, cuja primeira dose é aplicada a partir dos 12 meses de vida.

Os autores ponderam que os estudos ainda precisam ser concluídos, mas recomendam que todos os adultos, especialmente profissionais de saúde e pessoas em casas de repouso, recebam a vacina. “Se os adultos receberam a tríplice quando criança, eles provavelmente ainda têm algum nível de anticorpos contra sarampo, caxumba e rubéola, mas provavelmente não as células supressoras derivadas da medula óssea”, disse o Dr. Fidel. “Um reforço aumentaria a resposta para essas doenças e melhoraria a imunidade contra outras infecções”.

Mas lembre-se: isso não significa estar protegico contra a Covid-19. Por enquanto, a única certeza é que distanciamento social, boa higiene e uso de máscara são as melhores armas para enfrentar a pandemia com saúde e segurança.

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