Cultura

ALBA Cultural da da Assembleia Legislativa da Bahia, lança nova edição da coleção Memoria da Bahia

 

A coleção Memória da Bahia chegou a sua quinta edição nesta quarta-feira (15), com  o lançamento em uma concorrida cerimônia no Museu Eugênio Teixeira Leal, Memorial do Banco Econômico integrante da Fundação Econômico Miguel Calmon. A obra, assim como os quatro volumes anteriores, foi lançada pelo selo Alba Cultural da Assembleia Legislativa. A coleção reúne uma série de palestras coordenadas pelo professor e historiador José Calasans entre 1985 e 1995.
 
O auditório do Museu Eugênio Teixeira Leal, na Rua do Açouguinho, número 1, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, reuniu diversas personalidades que foram prestigiar a chegada da quinta e última edição da coleção. A mesa da solenidade teve a presença de Luiz Carlos de Andrade Ribeiro, diretor-presidente da Fundação Econômico Miguel Calmon; Eliene Dourado, diretora-executiva do Museu Eugênio Teixeira Leal; Ângelo Calmon de Sá, patrono do museu; Graciliano Bonfim, procurador-geral da ALBA, que representou o presidente interino do Legislativo, Alex Lima (PSB); Eduardo Morais de Castro, presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB); o comandante do Batalhão de Polícia Turística, Henrique Melo, que representou o comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Anselmo Brandão. 
 
Chefe da Procuradoria Jurídica da ALBA, Graciliano Bonfim recordou a origem da parceria que resultou na publicação da coleção. “A gênese da publicação da coleção Memória da Bahia remonta à presidência do então deputado Clóvis Ferraz no já distante ano de 2006. Ele tomou conhecimento do valioso acervo sob a guarda do Museu Eugênio Teixeira Leal através da então titular da diretoria de museu do Instituto do Patrimônio Histórico da Bahia, Eliene Dourado, atual diretora desta instituição em parceria com o Legislativo estadual”, frisou Graciliano, mencionando ainda a colaboração dos ex-presidentes Marcelo Nilo e Angelo Coronel. “É motivo de júbilo para a cultura baiana e para todos os envolvidos em tão importante tarefa que tudo ocorresse como planejado, sem sobressaltos”, disse. O procurador também fez questão de agradecer aos palestrantes e familiares, que revisaram os textos publicados nas cinco edições da coleção. 
 
A diretora do museu, Eliene Dourado, lembrou que o lançamento da última edição da série ocorre em meio à comemoração dos 35 anos do Museu Eugênio Teixeira Leal, e dos 60 anos da Fundação Econômico Miguel Calmon. Em seu discurso, a dirigente agradeceu aos apoiadores do projeto, a exemplo dos conselheiros da Fundação Econômico Miguel Calmon. “À Assembleia Legislativa, quero fazer um agradecimento especial por patrocinar estas obras assumindo todas as despesas. Agradeço, desta forma, a três ex-presidentes e a um presidente: Clóvis Ferraz, Marcelo Nilo, Angelo Coronel e, agora, Nelson Leal. Se não fosse essa parceria, essa obra ainda estaria guardada aqui entre quatro paredes e em um armário de aço trancado”, disse a diretora, que também destacou a contribuição do professor Délio Pinheiro, editor da coleção ao lado do jornalista Paulo Bina.
 
 
Outro agradecimento da diretora do museu foi dirigido a cada palestrante e familiares que autorizaram a publicação das palestras proferidas na instituição. “Nós tínhamos a autorização da época, mas fizemos questão de agora solicitar nova autorização para publicação deste material”, reiterou. 
Ângelo Calmon de Sá, patrono do museu, elogiou o trabalho de Eliene Dourado à frente da instituição. “Desde que ela assumiu o museu, ela deu uma dinâmica que antes não existia. Eu também não posso deixar de destacar o apoio extraordinário da Assembleia Legislativa, isso permitiu a publicação da coleção”, apontou.
 
A OBRA
 
A primeira parte da quinta edição, Meu Pai, começa com a exposição feita por Maria Thereza Oliva Marcílio de Souza na palestra sobre seu pai Zitelmann de Oliva. O segundo texto “Edgard Matta, Meu Pai” é assinado pelo filho João Eurico Matta. Em seguida, Consuelo Pondé de Sena assina a palestra “Edístio Pondé, Meu Pai”. A quarta palestra destacada na edição tem como título “Magalhães Netto, Meu Pai”, texto escrito pelo filho José Maria de Magalhães Netto.
 
“Luís Viana Filho, Meu Pai” é o título da palestra proferida por Lia Viana Queiroz. A sexta exposição que consta na obra é “Jaime Villas-Boas Filho, Meu Pai”, de Jaime Villas-Boas Neto. Na sequência, está “Edgar Santos, Meu Pai”, cujo autor é Roberto Santos. A oitava explanação com registro na coleção é “Simões Filho, Meu Pai”, capitaneada por Renato Simões. “Stella Calmon Navarro Teixeira da Silva, Minha Mãe”, foi a palestra proferida pelo filho Luiz Carlos Calmon Navarro Teixeira da Silva e que também ganhou destaque na quinta edição da Coleção Memória da Bahia.
 
“Luiz Navarro de Britto, Meu Pai” é o texto escrito por Luiz Augusto Fraga Navarro de Britto Filho e é o décimo capítulo da obra. Em seguida, Francisco Marques de Goés Calmon Neto assina a palestra sobre a trajetória de Inocêncio Calmon, o seu pai. Outra exposição é “Raul Chaves, Meu Pai”, rubricada pelo filho Antonio Luiz Chaves.A segunda parte é chamada de “Meu Mestre” e reúne três palestras de estudantes que homenageiam seus docentes. “Adriano Pondé, Meu Mestre” é o título do texto articulado por Thomaz Cruz. Leda Jesuino é a responsável pela palestra “Peter e Irene Baker, Meu Mestre”. O último texto do segmento é intitulado “Aloysio de Carvalho Filho, Meu Mestre”, assinado por Afonso Maciel Neto. 
 
A terceira e última parte intitulada “Minha Terra” traz palestras sobre Juazeiro, de autoria do Padre Luna; Ilhéus, de Soane Nazaré de Andrade; e Cachoeira, em texto de Laudílio Guimarães Mello.
 
HOMENAGENS 
 
A cerimônia de lançamento da última edição da coleção Memória da Bahia foi marcada também pela homenagem a três apoiadores da instituição. Os homenageados foram condecorados com a medalha Eugênio Teixeira Leal, criada para agraciar personalidades para o desenvolvimento educativo e cultural do museu. 
 
O presidente da Fundação Econômico Miguel Calmon, Luiz Carlos de Andrade Ribeiro, entregou a honraria a Ângela Fraga de Sá, benemérita diretora da Fundação Casa de Jorge Amado. 
 
Eliene Dourado, diretora do museu, concedeu a medalha a Guilhermina de Melo Terra pelo trabalho do doutorado realizado na Universidade do Porto, em Portugal. “Eu acreditava, na minha cabeça, que uma instituição museológica tinha que, na sociedade, apresentar como missão o desenvolvimento do meio da qual é parte integrante. Além de promover a cultura, de resgatar a memória, cabe ao museu desenvolver a população que está no seu entorno”, defendeu a pós-doutora em museologia. 
 
Ângelo Calmon de Sá, patrono do museu, por sua vez, passou a homenagem para as mãos do professor Délio Pinheiro. “Quando eu soube pela doutora Eliene que havia esse acervo aqui no museu, eu fiquei encantado, porque era parte importante da história registrada em um volume muito grande. Essa coleção Memória da Bahia foi uma das que mais me emocionaram durante meu tempo de ALBA”, contou o editor.
 

 

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