Religião

Mais de quatro mil crianças são atendidas pela Pastoral da Criança; saiba como funciona o trabalho

Na Arquidiocese de Salvador, a Pastoral da Criança está presente em 51 das 101 paróquias existentes, e atende a 4.134 crianças, do nascimento aos seis anos de idade, além das 123 gestantes cadastradas. Criada em 1983 pela médica sanitarista e pediatra, Dra. Zilda Arns Neumann, e pelo então Arcebispo de Londrina, hoje Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Salvador, Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, a Pastoral da Criança, que é o organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), visa promover o desenvolvimento das crianças, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania.

Coordenadora da pastoral em Salvador, Sheila Pitanga, explica que a Pastoral da Criança nasceu a partir do olhar da Dra. Zilda em ajudar as crianças de Florestópolis, no Paraná, que sofriam com a desnutrição por serem de famílias muito pobres. Contudo, o projeto cresceu e expandiu os atendimentos. “Hoje, a pastoral não só trabalha com a desnutrição, mas também com a obesidade infantil. Nós fazemos o acompanhamento dessas crianças e damos informações às mães sobre saúde, educação e cidadania”, diz.

O trabalho da pastoral nas paróquias e comunidades da capital baiana é realizado pelos 388 líderes, que se organizam para atender a todo o público cadastrado. As principais atividades atribuídas aos líderes voluntários são: a visita domiciliar, o acompanhamento nutricional e os encontros da Reunião de Reflexão e Avaliação (RRA), que ocorre mensalmente.

“É a partir dessa reunião [do RRA], que descobrimos as principais dificuldades das famílias, porque os líderes preenchem a FABS [Folha de Acompanhamento e Avaliação Mensal das Ações Básicas de Saúde] com informações da gestante a da criança, para nós [coordenadores] sabermos se realmente estão sendo acompanhadas”, explica.

As informações preenchidas na folha, em seguida são cadastradas no sistema e enviadas à sede da Pastoral da Criança, localizada em Curitiba. No entanto, Sheila informa que o aplicativo Visita Domiciliar está disponível para as líderes, porque, segundo ela, é mais prático e o resultado sobre a saúde da criança sai imediatamente. “A gente preenche as informações no ato da visita, e essas informações seguem automaticamente para a sede. O bom desse aplicativo é que o resultado sai na hora e a líder pode saber naquele momento se a criança está com obesidade ou desnutrida”, diz Sheila, que ainda completa ao dizer que o aplicativo é gratuito e está disponível para o sistema Android.

O trabalho da Pastoral da Criança consiste em orientar e prevenir distúrbios ou doenças causadas pela má alimentação. Em parceria com o Ministério da Saúde, as informações coletadas são computadas e transformadas em estatísticas; e, a partir daí, o governo trabalha para sanar e melhorar a condição de vida dessas crianças.

Mas, apesar de 388 líderes ser um número consideravelmente alto, Sheila destaca que é muito pouco para a Arquidiocese, e que uma das principais dificuldades é conseguir pessoas voluntárias para os trabalhos. “É um número abaixo do esperado, mas é o que temos porque não estamos conseguindo pessoas voluntárias que se doem nas paróquias, assim como fez Dra. Zilda Arns e a nossa Santa Dulce dos Pobres, que se colocou à serviço da vida do outro”, pontua.

Para se tornar um voluntário (a), entre em contato com a Pastoral da Criança Arquidiocesana através do e-mail: pastoraldacrianca@arquiprimaz.org.br ou pelo telefone (71) 4009-6686.

Fonte: Arquidiocese de Salvador

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