Bahia

Cerimônia transfere sede do Governo para Cachoeira pelo 12º ano consecutivo

A cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, se tornou sede do Governo do Estado, nesta terça-feira (25), pelo 12º ano consecutivo. O ato destaca a importância do município nas batalhas travadas pela conquista da independência do Brasil, que tiveram início no dia 25 de junho de 1822. O evento histórico resultou na libertação baiana do domínio português, em 2 de julho do ano seguinte.
 
Representante do Governo no evento, a secretária estadual de Cultura, Arany Santana, participou dos atos tradicionais da ocasião, como o hasteamento da bandeira, o Te Deum – cerimônia religiosa realizada na paróquia da cidade -, e a sessão solene na Câmara Municipal. De acordo com Arany, a data é importante não somente para Cachoeira e para a Bahia, mas para o Brasil. “Hoje, a cidade de Cachoeira relembra o 25 de junho de 1822, quando autoridades e o povo cachoeirano e de cidades vizinhas tiveram a adesão da Igreja e seguiram para a Câmara, para aclamar Dom Pedro I como príncipe regente do Brasil. Esse foi o primeiro passo para a luta da nossa independência. A heróica Cachoeira tem o privilégio de ter dado o primeiro passo para a independência do país”, ressaltou a secretária.
 
Ainda segundo a Arany Santana, desde o dia 1º de junho, a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) vem realizando uma série de atividades históricas e culturais nas cidades do Recôncavo, na Rota da Independência, com rodas de conversa nas escolas e exposições. “O Governo se faz presente e celebra todo o mês de junho, especialmente na comemoração do 25 de junho. O objetivo é destacar que a data é um momento de orgulho para todos nós”, explicou. 
 
Aos 92 anos, conhecida e reconhecida como doutora do samba, Dalva Damiana de Freitas se produziu toda para a data, com roupa de baiana e colares de contas e búzios. “Cachoeira é tudo para mim. Sou operária, criei meus filhos e me sinto orgulhosa com este reconhecimento, que é trazer a sede do Governo para Cachoeira. Isso fortalece a cidade”, opinou.
 
Natural de Feira de Santana, o professor Francisco Freitas também prestigiou o evento.  “Vejo esta celebração como uma forma de passar para os mais novos sobre esse fato histórico na cidade. A cerimônia resguarda a tradição”, destacou. 
 
Te Deum 
 
O padre Hélio Vilas Boas afirmou que o Te Deum é um hino de louvor ao Deus libertador. “No dia 25 de junho de 1822, a população se reuniu nessa igreja, onde foi realizado o primeiro Te Deum por um Brasil livre. Então, a cada ano, reforçamos a memória do 25 de junho, comemorando a data, louvando e bendizendo a Deus pelo ideal de liberdade”.
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