Conder recupera monumento do Cruzeiro do São Francisco, no Centro Histórico de Salvador
O Cruzeiro do São Francisco, monumento do Centro Histórico de Salvador, está sendo limpo e reformado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur). O trabalho integra a campanha permanente de manutenção e limpeza feita pela empresa no território tombado, que compreende também a reforma de telhados, recuperação do pavimento e limpeza e pintura dos casarões naquela região.
De acordo com o diretor de Habitação e Urbanização Integrada (Dihab/Conder), Maurício Mathias, de novembro de 2017 até o momento, a Conder já recuperou a área externa de 138 casarões localizados nas ruas das Laranjeiras, São Francisco, Gregório de Matos, João de Deus, 28 de Setembro, Cruzeiro do São Francisco, Largo do Pelourinho e no Terreiro de Jesus. A ação é realizada pela Superintendência do Centro Antigo de Salvador, da Conder.
“Identificamos que o Cruzeiro do São Francisco precisa de reforma para aumentar à sua resistência. Um trabalho que conta com a análise, diagnóstico e acompanhamento de uma equipe de restauradores”, explicou o diretor. Segundo ele, o desgaste provocado pela exposição à chuva e ao sol prejudicam a estrutura e a pintura de edificações históricas.
Ainda de acordo com Mathias, as edificações antigas precisam de cuidados de conservação para evitar danos estruturais, o que envolve manutenção, limpeza, reforma e pintura. “Todos os aspectos arquitetônicos e decorativos são levados em consideração em trabalhos assim, preservando as características originais de monumentos e imóveis”, ressaltou.
O Centro Histórico de Salvador é o maior conjunto arquitetônico colonial da América Latina, sendo tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.
Valor histórico
Importante edificação histórica de Salvador, o Cruzeiro do São Francisco é um elemento típico das urbanizações franciscanas. Erguido entre 1805 e 1808, o monumento de cunho religioso é composto por peça monolítica em pedra calcária, conhecida como Lioz, em forma de cruzeiro.
A pedra, encontrada nos arredores de Lisboa, foi importada, no Período Colonial, para diversas partes do Brasil. O cruzeiro está assentado sobre pedestal triangular do mesmo material, apoiado em base quadrangular, disposta em três níveis de degraus.