Há um ano as vidas de Marielle Franco, vereadora da cidade do Rio de Janeiro pelo PSOL, e Anderson Gomes, seu motorista, foram interrompidas brutalmente, no ataque sofrido no bairro Estácio, região central da cidade do Rio de Janeiro.
Na ultima terça feira, 12 de março, a resposta da pergunta “quem matou Marielle?” foi parcialmente respondida com a prisão de dois suspeitos, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, de 48 anos, que teria sido o autor dos disparos contra o carro da vereadora, e Elcio Vieira de Queiroz (ex policial militar do Rio de Janeiro), que dirigia o veículo Cobalt usado no ataque, de acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual.
Um fato curioso é que o policial reformado Ronnie, mora no mesmo condomínio que o atual Presidente da República no Rio de Janeiro, e foi homenageado em 1998 pela ALERJ (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em 1998. Outra coincidência é um suposto relacionamento entre filho de Jair Bolsonaro com a filha de Ronnie Lessa. Nas redes circulam fotos dos acusados ao lado do presidente da República e seus filhos. Jair Bolsonaro se limitou a dizer: “Também quero que descubram quem mandou me matar”.
Quiseram calar a sua voz, mas ela era semente e ecoa em milhares de vozes, não imaginavam que Marielles se levantariam de toda parte para continuar a sua luta, aborrecendo aos que não suportam mulheres, lgbts e negros, ou seja, as minorias nos espaços de poder.
O assassinato de Marielle é um atentado contra o Estado Democrático de Direito. Marielle incomodava pelo simples fato de existir e resistir toda opressão vivida por ser uma mulher feminista, ativista, lésbica, negra, socialista e militante de esquerda. A motivação política é evidente,mas por que? Sabemos quem apertou o gatilho, mas agora queremos saber quem de fato mandou matar Marielle Franco?
Por Alana Assunção