Rui propõe eleição interna na base aliada para escolher candidato do grupo na AL-BA
Sem conseguir resolver o impasse entre PP e PSD na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o governador Rui Costa passou a cogitar outra estratégia na busca por evitar um racha entre as duas siglas, as maiores da base aliada ao governo.
O Bahia Notícias apurou que o petista vai propor uma eleição interna na bancada governista para escolher qual será o candidato do grupo na eleição, que acontecerá em 1º de fevereiro. A decisão foi comunicada pelo governador neste fim de semana, durante reuniões com dirigentes de partidos da base para discutir estratégias que levem ao consenso no grupo.
A expectativa agora é de que o governador marque uma reunião ainda esta semana, na qual vai apresentar a proposta aos 43 deputados governistas. Caso a sugestão seja aceita, os parlamentares farão a escolha de qual nome representará o bloco na corrida.
Nas últimas semanas, Rui tem investido as energias em encontrar soluções para impedir que um possível bate-chapa entre PP e PSD gere ruptura nas relações entre os dois partidos, o que poderia afetar o projeto do grupo para 2022, quando acontecem as eleições para governo do Estado.
Até o momento, ele vem apostando em conversas com partidos da base para construir uma candidatura de consenso, sem sucesso, já que o PP não mostra disposição de recuar do nome de Niltinho e nem o PSD de retirar Adolfo do páreo. A disputa chegou a tal nível que uma solução de terceira via – um candidato de outro partido – é alternativa mais viável para pacificar a base do que o PP apoiar alguém do PSD, ou vice-versa.
A expectativa é de que o nome escolhido pelos deputados possa apaziguar os ânimos, já que a eleição do presidente é feita pelos próprios parlamentares. Um assunto que diz respeito ao Parlamento seria resolvido, então, dentro do próprio Legislativo. Por outro lado, a solução pode gerar questionamentos ao capital político de Rui enquanto liderança do grupo, já que ele é o principal avalista do acordo que deu origem ao imbróglio com os dois partidos.
Pelo acordo, celebrado em dezembro de 2018, Nelson Leal assumiria a presidência da Casa pelo PP no biênio 2019-2020; Adolfo Menezes seria o substituto no cargo, pelo PSD, entre 2021 e 2022. O problema começou quando Leal passou a articular a reeleição dele, em descumprimento ao acordo, o que gerou reclamações do PSD. Sem conseguir levar à frente a reeleição de Leal, o PP não largou o osso e lançou a candidatura de Niltinho para concorrer ao cargo.
Fonte:bahia noticias