Editorial

ITAPETINGA: A SAÚDE REFÉM DA RELES POLÍTICA

A saúde praticada no município está tomada por um “câncer” , a população é quem sofre na pele os reflexos de um sistema perverso

Para nortear o tema que será tratado, que é a saúde pública do município, vou parafrasear o pensador Gil Nunes, quando ele diz: ” Para que o caos na saúde pública termine de vez, é necessário que os membros do Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário recorram ao SUS quando necessitarem de atendimento médico e hospitalar”.

Pois bem! A frase acima sintetiza com extrema exatidão o sentimento de todo cidadão que é refém de um sistema de saúde perverso e que se agrava dia após dia. O impacto direto deste ciclo culmina na vida dos cidadãos que tem como plano de saúde o SUS. Estas pessoas não tem opção e recorrem ao sistema que é seu ÚNICO na saúde, para buscarem atenção BÁSICA.

Sim! Mas qual é a definição de básico? Vejamos o que diz o dicionário da língua portuguesa: O adjetivo básico é usado para qualificar aquilo que é essencial em algo ou que constitui a sua base. Ou seja, tudo o que é fundamental para realizar uma determinada tarefa.

E aqui deixo uma pergunta para análise do leitor; considerando o conceito de BÁSICO, podemos afirmar que o modelo de saúde praticado em Itapetinga está “equipado” com o BÁSICO?

Quando falta o essencial no que tange a área de saúde, podemos dizer que falta o que? Faltam médicos, anestesistas, enfermeiros, medicamentos, estrutura adequada mínima aceitável em equipamentos, estrutura física adequada, faltam o respeito, humanidade, falta a capacidade de se colocar no lugar do próximo e tentar captar seu sofrimento.

É por isso que a frase do pensador Gil Nunes se encaixa perfeitamente neste quadro, porque trata exatamente disso, se colocar no lugar do próximo. Um exercício que deveria ser obrigatório a classe política. Os chamados homens públicos, gozam do melhor que o dinheiro e seus cargos de representantes do povo pode lhes proporcionar.

São contextos de vida antagônicos e porque não dizer cruéis, a classe política goza do bom e do melhor sob as custas do suor do povo, já para o povo, restam somente as sobras, as migalhas.

Em Itapetinga é este o nosso quadro, a saúde pública está envolta em uma negra nuvem de vários indícios de corrupção. Determinadas figuras do poder, usufruem de vantagens no sistema de saúde para fins eleitorais em detrimento ao sofrimento do povo, que é constantemente massacrado em filas que parecem intermináveis.

Expostos a humilhação de ficarem em longas filas, enfrentando sol e chuva, para conseguirem uma senha de atendimento, para daí começar uma saga, até que sua demanda seja atendida de forma plena. Um processo cruel e desprovido de senso humanitário, que em vários casos podem perdurar por meses e se estender em anos de espera.

A população perplexa assiste a tudo isso de forma silencioso quase que na sua totalidade, parece estar anestesiada diante de um quadro tão grave que por ora se apresenta. Porém a resposta virá mais adiante, mas não se enganem, a hora se aproxima.

Agora é fundamental que a população faça uma análise profunda e uma avaliação precisa de sua realidade no que tange as estruturas públicas nas áreas de assistência como também administrativas.

Somente o povo tem poder de mudar, o que não pode, é continuar refém de uma política baixa e rasteira, esta, se instalou como uma gigantesca sanguessuga nas esferas do poder com um único propósito, nutrir-se da estrutura pública para se locupletar através de um projeto de poder.

Itapetinga, hoje, é refém de um projeto de poder, cujo os algozes da população são os homens travestidos de representantes do povo.

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